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Economistas fracassam há sete anos
de Washington
Adivinhar o futuro da economia
norte-americana tem se tornado a
atividade mais fracassada de economistas e de investidores.
Desde o final de 91, quando a
atual fase de expansão econômica
começou, a maioria absoluta das
análises feitas no final de cada um
desses sete anos previu, equivocadamente, uma grande recessão,que nunca veio.
Editado todo mês de dezembro,
o "Compêndio das Previsões" reúne e consolida as análises feitas pelos maiores bancos de investimento e institutos de estudos sobre o
desempenho da economia dos
EUA para o ano seguinte.
A publicação, que sintetiza a opinião preponderante dos especialistas, errou nos últimos sete anos,
antevendo um crescimento do PIB
às vezes 2% abaixo do verificado.
A distância entre as previsões e a
realidade ficou ainda maior nos últimos três anos. Observando um
período de expansão cada vez mais
longo e o agravamento da crise financeira mundial, os economistas
sentiram-se encorajados a decretar a morte da euforia nos EUA. Só
que a economia cresceu em média
quase 4% por ano nesse período.
Em 97, ao anunciar sua preocupação com o excesso de euforia
dos americanos, o presidente do
Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Alan Greenspan,
cunhou uma expressão que entrou
para a história. Ele disse estar presenciando uma "exuberância irracional" no mercado de ações. Desde esse discurso o índice Dow Jones subiu quase 70%.
(MA)
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