São Paulo, Domingo, 09 de Maio de 1999
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Economistas fracassam há sete anos

de Washington

Adivinhar o futuro da economia norte-americana tem se tornado a atividade mais fracassada de economistas e de investidores.
Desde o final de 91, quando a atual fase de expansão econômica começou, a maioria absoluta das análises feitas no final de cada um desses sete anos previu, equivocadamente, uma grande recessão,que nunca veio.
Editado todo mês de dezembro, o "Compêndio das Previsões" reúne e consolida as análises feitas pelos maiores bancos de investimento e institutos de estudos sobre o desempenho da economia dos EUA para o ano seguinte.
A publicação, que sintetiza a opinião preponderante dos especialistas, errou nos últimos sete anos, antevendo um crescimento do PIB às vezes 2% abaixo do verificado.
A distância entre as previsões e a realidade ficou ainda maior nos últimos três anos. Observando um período de expansão cada vez mais longo e o agravamento da crise financeira mundial, os economistas sentiram-se encorajados a decretar a morte da euforia nos EUA. Só que a economia cresceu em média quase 4% por ano nesse período.
Em 97, ao anunciar sua preocupação com o excesso de euforia dos americanos, o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Alan Greenspan, cunhou uma expressão que entrou para a história. Ele disse estar presenciando uma "exuberância irracional" no mercado de ações. Desde esse discurso o índice Dow Jones subiu quase 70%. (MA)




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