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SINAIS DE ALÍVIO
Pesquisa aponta alta de 1,33% em abril no faturamento das empresas; IBGE divulga produção hoje
Indústria mantém retomada e vendas sobem, indica CNI
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O primeiro indicador sobre o desempenho da indústria brasileira
em abril foi divulgado ontem e
mostrou elevação de 1,33% nas
vendas reais (faturamento) do setor produtivo em relação a março.
No entanto, na comparação com
abril de 2003, foi verificada uma alta de 17,9%.
Divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o levantamento reforça a análise, segundo a entidade, de que há tendência de crescimento sustentado
da economia. O documento foi
apresentado às vésperas da publicação do indicador de produção
física da indústria -a ser anunciado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os dados da CNI são dessazonalizados, referem-se à indústria da
transformação e refletem o desempenho do setor em 12 Estados.
Participam do levantamento cerca
de 3.000 empresas.
Segundo a confederação, nos últimos dez meses, as vendas industriais acumulam uma expansão de
20%. No acumulado de 12 meses,
porém, a alta é de 13,6%.
Foi registrada também manutenção no nível de produção das
fábricas em relação a março: o uso
da capacidade instalada foi de
81,2% em abril e de 81,3% em março de 2004. Mas ocorreu uma elevação no indicador na comparação com abril de 2003, quando a
taxa atingiu 79,6%.
Em seu relatório, a CNI explica
que a forte expansão de 17,9% nas
vendas reais em abril, sobre abril
de 2003, ocorreu por conta da base
fraca. O desempenho do setor no
ano passado foi medíocre.
Representantes da entidade falaram ontem em "dinamismo da
atividade industrial" e em crescimento sustentado. O Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) acredita que seria possível atingir uma expansão
ainda maior e que é preciso existir
"regularidade e consistência" numa eventual retomada.
"Uma recuperação precisa atingir setores empregadores, e isso
inclui a indústria de calçados e de
vestuário, que ainda patina", diz
Julio Sérgio de Almeida, diretor da
entidade. A respeito dos números
a serem anunciados pelo IBGE hoje, o instituto espera alta inferior a
1% na produção em abril em relação a março -quando a expansão
foi de 2,1%.
Na avaliação de Sérgio Haberfeld, dono da Dixie-Toga, fabricante de embalagens, a exportação
tem peso considerável nesse desempenho das vendas em abril,
mas há certo fôlego na demanda
do mercado interno em setores
como alimentos e bens eletrônicos. "A expansão se mantém neste
ano. Mas o que a indústria está pedindo é uma retomada consistente
por dois anos, pelo menos, a uma
taxa de 3,5%", disse.
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