da Reportagem Local

Apesar da chuva, cerca de 40 mil pessoas, segundo a organização, participaram ontem do ato público em favor do emprego e da Justiça promovido pela Força Sindical na praça da Sé, região central de São Paulo.
A manifestação marcou o encerramento do congresso nacional da central, que debateu temas como a redução da jornada de trabalho e a reforma da Previdência.
O congresso também reelegeu Luiz Antônio de Medeiros para mais um mandato à frente da central. Medeiros dirige a Força desde sua criação, em 91. Ficará mais quatro anos na presidência.
"O ato mostra que o desemprego é uma preocupação do momento. Nós conseguimos reunir essa gente toda, mesmo com a chuva", afirmou João Carlos Gonçalves, o Juruna, diretor da Força.
A condenação de José Rainha Jr., do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) foi o outro tema da manifestação.
O próprio Rainha participou do ato e falou sobre a luta pela reforma agrária no Brasil.
No evento, a Força Sindical lançou uma moção de solidariedade ao líder sem-terra, no qual os 1.186 delegados do congresso expressam a "mais completa e indignada repulsa pela condenação absurda e arbitrária do líder do MST".
Rainha foi condenado em junho a 26 anos de prisão pela morte de um fazendeiro e um policial militar na cidade de Pedro Canário (ES). Ele será julgado novamente em 16 de setembro pelos mesmos crimes.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse que a Força Sindical irá enviar ao Espírito Santo uma caravana para o novo julgamento de Rainha.
"Nós vamos estar lá para impedir que essa injustiça seja confirmada", disse Paulinho.



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