São Paulo, quarta-feira, 09 de agosto de 2000


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RIQUEZA AMERICANA
Índice aumenta 5,3%, reduzindo os custos do trabalho; Fed analisará indicador para definir os juros
Eficiência sobe e segura inflação dos EUA

DA REDAÇÃO

O índice de produtividade subiu 5,3% nos Estados Unidos no segundo trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, relaxando a pressão que exerce sobre o aumento da inflação no país.
Com maior produtividade, o custo industrial fica menor, e as empresas não têm necessidade de remarcar preços - o que criaria a inflação nos valores dos bens e serviços.
O índice é um dos focos de atenção do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que define periodicamente as taxas de juros a serem praticadas nos EUA.
No primeiro trimestre, o índice de produtividade havia crescido 1,9% -bem abaixo do resultado para os meses de abril a junho, que deveria chegar a 4,3%, segundo previsão dos analistas.
O custo do trabalho -que mede o valor para que seja criada uma unidade do artigo produzido pela empresa- caiu 0,1%. No trimestre anterior foi registrada alta de 1,9% no índice. Para os meses de abril a junho, os analistas previam elevação de 0,5%.
Os dois indicadores -produtividade e custo do trabalho- divulgados ontem animaram os investidores da Bolsa de Nova York.

Mercados
O índice Dow Jones (que reúne as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York e representa as empresas da velha economia) subiu 1,01%.
Os investidores entenderam que os bons sinais da economia farão com que o Fed tenha uma política de juros menos agressiva.
A expectativa para a próxima reunião da instituição, que ocorre em 22 de agosto, é de uma alta moderada nas taxas de juros -de 0,25 ponto percentual. Alguns analistas apostam que o Fed pode decidir manter os juros estáveis por mais um período, acreditando que a própria economia vai responder às seis altas nos juros promovidas pelo banco desde junho do ano passado.

Tecnologia
O Nasdaq Composite (principal indicador da Bolsa eletrônica que reúne ações de empresas de informática e novas tecnologias) fechou em queda de 0,37%.
Ontem o banco Merrill Lynch anunciou a revisão para baixo na classificação de risco para compra de ações de dez empresas da nova economia.
Os investidores voltaram a temer que a aposta nas ações de tecnologia ficou, nos últimos anos, muito acima de sua realidade.


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