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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa paulista fecha em alta de 4,5% e tem bom giro financeiro de R$ 996,68 milhões; juros caem
Bovespa volta ao patamar de 10 mil pontos
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
voltou aos 10 mil pontos, após 13
pregões abaixo desse patamar. O
Ibovespa subiu 4,5% ontem e fechou em 10.315 pontos.
A alta de ontem é praticamente
a acumulada na semana, de 4,7%.
O volume financeiro foi bastante
elevado, de R$ 996,68 milhões.
Segundo operadores, a alta da
Bolsa só não foi maior ontem devido ao péssimo desempenho das
ações da Net (antiga Globo Cabo).
Os papéis preferenciais da companhia perderam 19,6% de seu
valor, apesar das boas valorizações registradas por outras empresas do setor de telecomunicações, que estiveram entre as
maiores altas do dia.
A Net sofre com a desconfiança
dos investidores em relação a seu
futuro -a incerteza é sobre a viabilidade do negócio de TV a cabo
no país.
A empresa anunciou um plano
para o aumento de capital, de cerca de US$ 1 bilhão, que teve pouca
adesão de investidores. A companhia teve de abandonar seu desejo
de vender cada ação pelo preço
mínimo de R$ 1,21.
Há dois meses a Net fez um grupamento de suas ações -cada
grupo de dez ações virou um único papel. Sem essa operação, hoje
uma ação da Net valeria menos de
cinco centavos.
As maiores quedas do dia foram de ações de empresas exportadoras, que se beneficiavam com a alta do dólar.
Mercado futuro
As projeções para os juros caíram forte na BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros), ontem.
Os contratos para janeiro de 2003,
os de maior liquidez, caíram de
23,81% para 21,93%. O número de
negócios com esse contrato cresceu bastante, passando de 87,36
mil para 114,42 mil. Os contratos
de prazo menor, para outubro,
caíram de 19,63% para 18,91%.
Após semanas de desencontros,
as cotações do dólar nos mercados à vista e futuro caminham para uma equiparação.
Os contratos para setembro fecharam em R$ 2,908, contra R$
2,91 do mercado à vista. Nas últimas semanas, a forte demanda
por dólares por parte de empresas, que não conseguiam renovar
créditos externos, causou distorções nas cotações, fazendo com
que o dólar à vista ficasse mais caro do que o futuro. O fato caracterizou, também, a falta de procura por "hedge" (proteção cambial).
(ANA PAULA RAGAZZI)
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