São Paulo, segunda-feira, 09 de agosto de 2004

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PAINEL S.A.

Ver para crer 1
Empresários do setor elétrico reúnem-se na quarta, na Abdib, para analisar se o novo marco regulatório pode desobstruir entraves para obras de usinas licitadas pelo governo à iniciativa privada, entre 2000 e 2002. De 36 hidrelétricas, 26 projetos não foram iniciados, com investimentos de R$ 14 bilhões.

Ver para crer 2
Segundo Paulo Godoy, presidente da Abdib, o fato de agora haver regras mais claras é um ponto positivo. Contudo diz que novos investidores só chegarão no Brasil se os que já atuam na área estiverem tendo sucesso.

Cartão de visita
Para a Abdib, é preciso um grande esforço para garantir estabilidade ao marco regulatório e oferecer mais segurança para atrair investimentos. "Regras estáveis são como um cartão de visita para um investidor nessa área, que pensa em negócios com os olhos 20 anos à frente, e não em 20 meses", diz.

Rumo a Sepetiba
Exportadores paulistas que não conseguem embarcar suas mercadorias devido ao estrangulamento e à superlotação do porto de Santos arranjaram uma alternativa para cumprir seus contratos no exterior. O novo caminho leva ao porto de Sepetiba, no Rio de Janeiro.

Incertezas
O economista Edmar Bacha falará amanhã, na Febraban, sobre questões que envolvem incertezas jurídicas. Segundo ele, o problema impede a existência de um mercado de crédito de longo prazo no país, bem como a queda da taxa de juros para níveis internacionais.

Mapa produtivo
O Fórum Nacional da Indústria acontece hoje e amanhã na Fiesp para avaliar medidas que desonerem investimentos. O setor produtivo iniciará a construção de um mapa estratégico da indústria brasileira.

De casa nova
O 24º Enaex (Encontro Nacional de Comércio Exterior) muda-se do Rio para a capital paulista, onde reunirá, em novembro, cerca de 2.000 empresários do setor. De janeiro a junho, São Paulo exportou US$ 14 bilhões, 38% a mais que em 2003.

Burocracia
O programa de modernização do Parque Industrial (Modermaq) já foi publicado no "Diário Oficial" da União, mas há obstáculos para seu andamento. A liberação da verba de R$ 2 bilhões pelo BNDES e pelo FAT ainda depende de estudos e do sinal verde dos Ministérios da Fazenda e do Trabalho.

Ouro e prata
O BB Seguro Vida chegou, no dia 5, à marca de 7.059 apólices comercializadas em todo o território nacional. O produto é destinado aos clientes de baixa renda do Banco do Brasil. Em primeiro lugar nas vendas ficou o Estado de São Paulo, com 1.378 apólices, e, em segundo, o Maranhão, com 666.

E-mail - guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

A questão dos juros

Apesar de agora haver mais chances de o Banco Central aumentar os juros, José Carlos de Faria, economista-chefe do Deutsche Bank no Brasil, não acredita que uma alta da Selic vá ocorrer em um futuro imediato.
Para ele, no curto prazo, o forte movimento de exportação será capaz de acomodar o aumento nas importações resultantes de um eventual excesso de demanda por bens. Assim, o grande superávit comercial ajudará a manter a taxa cambial estável, fornecendo uma âncora para as expectativas de inflação.
"Ao mesmo tempo, a recuperação em andamento nos investimentos pode contribuir para aliviar os gargalos na oferta dos produtos no médio prazo", diz Faria.
Por conta dos fortes números da produção industrial de junho, ele revisou sua estimativa do crescimento do PIB de 2004 de 3,8% para 4,3%.



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