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Bancários querem ampliar participação nos lucros do setor
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
De olhos nos lucros recordes
divulgados pelos principais
bancos do setor privado, os
bancários querem colocar no
bolso participação nos resultados no valor de dois salários
mais parcela fixa de R$ 3.500,
além de reajuste de 10,3%.
A pauta deste ano inclui ainda a distribuição de um percentual de 5% da receita dos bancos com prestação de serviços,
divididos igualmente entre todos os bancários.
No ano passado, os funcionários receberam PLR (Participação nos Lucros e Resultados)
no valor de 80% do salário mais
R$ 828 fixos. Um adicional de
R$ 1.000 a R$ 1.500 também foi
pago nos contracheques dos
bancários -o valor correspondeu a 8% sobre a diferença entre o lucro líquido de 2005 e
2006, divididos de forma linear
entre os funcionários.
"Pelos resultados que as instituições financeiras divulgaram, há dinheiro em caixa mais
do que suficiente para atender
às reivindicações da categoria",
diz Luiz Cláudio Marcolino,
presidente do Sindicato dos
Bancários de São Paulo (CUT)
e um dos coordenadores da comissão nacional que discute a
campanha salarial de 400 mil
empregados do setor.
O lucro líquido dos quatro
maiores bancos do país -Itaú,
Bradesco, Santander e ABN no
Brasil- cresceu entre 22% e
112% no primeiro semestre
deste ano em relação a igual período de 2006. Os resultados
foram atribuídos à expansão do
crédito e da receita com a prestação de serviços.
A lista de reivindicações, a
ser entregue amanhã, não agrada a representantes dos bancos
que sentarão à mesa de negociação nas próximas semanas.
"A pauta é irreal. Não me parece razoável que de 2006 para
2007 se faça mudança tão significativa na PLR", diz Magnus
Apostólico, coordenador de relações trabalhistas da Febraban (federação dos bancos).
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