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São Paulo, terça-feira, 09 de setembro de 2003

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Ficar distante do foco é visto como um sinal positivo

FREE-LANCE PARA A FOLHA, NA BASILÉIA

O Brasil e a América Latina não estiveram ontem no centro das discussões da reunião de dirigentes dos bancos centrais na sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), na Basiléia (Suíça).
Isso acontece sempre em momentos de crise, como foi o caso de edições anteriores dessa reunião bimensal, especialmente nos primeiros meses de 2003. A falta de ênfase, por isso, pode ser interpretada como uma boa notícia.
"Avaliamos a economia global e seus aspectos principais, mas não particularmente a economia brasileira ou a mexicana", disse o porta-voz da reunião, o presidente do BC francês, Jean-Claude Trichet. Dos três representantes da América Latina convidados, Argentina, Brasil e México, apenas os dois últimos estavam na reunião.
O presidente do BC, Henrique Meirelles, fez uma exposição dos aspectos recentes da economia brasileira -assim como fazem os demais dirigentes de bancos centrais. "O resumo pode ser exatamente que o fato de o Brasil não estar no centro das atenções é o melhor sinal de que as coisas estão bem", disse Meirelles.
Entre os emergentes, a China foi o destaque da reunião. Para Trichet, a economia chinesa "é um dos motores da economia global" atualmente, e as perspectivas para o país são boas. Também foi tratado na reunião o regime cambial da China, que tem sua moeda indexada ao dólar, segundo Trichet.
Para os EUA, o regime cambial chinês estaria provocando a subvalorização da moeda em relação ao dólar, prejudicando a competitividade das exportações norte-americanas.


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