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Ficar distante do
foco é visto como
um sinal positivo
FREE-LANCE PARA A FOLHA, NA BASILÉIA
O Brasil e a América Latina
não estiveram ontem no centro
das discussões da reunião de
dirigentes dos bancos centrais
na sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na
sigla em inglês), na Basiléia
(Suíça).
Isso acontece sempre em momentos de crise, como foi o caso de edições anteriores dessa
reunião bimensal, especialmente nos primeiros meses de
2003. A falta de ênfase, por isso,
pode ser interpretada como
uma boa notícia.
"Avaliamos a economia global e seus aspectos principais,
mas não particularmente a
economia brasileira ou a mexicana", disse o porta-voz da reunião, o presidente do BC francês, Jean-Claude Trichet. Dos
três representantes da América
Latina convidados, Argentina,
Brasil e México, apenas os dois
últimos estavam na reunião.
O presidente do BC, Henrique Meirelles, fez uma exposição dos aspectos recentes da
economia brasileira -assim
como fazem os demais dirigentes de bancos centrais. "O resumo pode ser exatamente que o
fato de o Brasil não estar no
centro das atenções é o melhor
sinal de que as coisas estão
bem", disse Meirelles.
Entre os emergentes, a China
foi o destaque da reunião. Para
Trichet, a economia chinesa "é
um dos motores da economia
global" atualmente, e as perspectivas para o país são boas.
Também foi tratado na reunião
o regime cambial da China, que
tem sua moeda indexada ao
dólar, segundo Trichet.
Para os EUA, o regime cambial chinês estaria provocando
a subvalorização da moeda em
relação ao dólar, prejudicando
a competitividade das exportações norte-americanas.
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