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INDÚSTRIA
Salário pago em agosto teve queda, afirma CNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O total de salários pagos pela indústria apresentou queda de
1,24% em agosto na comparação
com julho, segundo os Indicadores Industriais medidos pela CNI
(Confederação Nacional da Indústria).
A queda se deve à redução no
número de empregados no setor e
nas horas trabalhadas, além do
comportamento da inflação, que
aumentou nos últimos meses.
Desconsiderando os efeitos típicos do mês, a queda foi de apenas
0,47%.
Em agosto, as vendas da indústria registraram alta de 1,36% em
relação a julho. O índice dessazonalizado (sem considerar os efeitos típicos do mês) mostra alta de
2,06%. Mas no acumulado no ano
as venda estão negativas em
0,83%.
O aumento do faturamento da
indústria em agosto é explicado
pela CNI pela injeção de recursos
na economia proveniente do pagamento das perdas do FGTS
(Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço). Também contribuiu para isso o movimento de vendas
causado pela campanha eleitoral.
Outros indicadores apurados
pela CNI, como utilização da capacidade instalada e pessoal empregado mantiveram-se praticamente estáveis. Houve variação
negativa de 0,03% no número de
trabalhadores empregados na indústria. No total de horas trabalhadas, houve redução de 0,23%.
O uso da capacidade instalada
subiu de 81% em julho para 81,4%
em agosto. No índice sem efeito
sazonal, o percentual não se alterou de um mês para outro: 80,8%
Para a CNI, o aumento nas vendas não foi suficiente para impor
um ritmo produtivo maior no setor industrial e, por essa razão, as
contratações e as horas trabalhadas, assim como uso da capacidade instalada, ficaram quase estáveis.
O acréscimo nas vendas, ainda
de acordo com a CNI, foi suprido
apenas com movimentação de estoques.
Com exceção do indicador de
salários na indústria, os demais
índices registrados em agosto foram melhores que os do mesmo
mês do ano passado. Isso porque
em agosto de 2001 a indústria foi
fortemente afetada pelos reflexos
do racionamento de energia.
(DA SUCURSAL DE BRASÍLIA)
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