São Paulo, sábado, 09 de outubro de 2004

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Hora da qualidade
As exportações de carne bovina continuam em ritmo acelerado. O importante, a partir de agora, não é aumentar o volume, mas o preço do produto exportado, segundo Antonio Camardelli, diretor-executivo da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).

Os números
Os dados da Abiec apontam para receita de US$ 242 milhões no mês passado (mesmo valor de agosto), mas 70% superior a setembro de 2003. Nos últimos 12 meses, as receitas somam US$ 2,29 bilhões e o volume embarcado soma 1 milhão de toneladas. Rússia, Reino Unido e Itália foram os principais compradores em setembro.

Negociação na Rússia
Representantes do Ministério da Agricultura discutem na próxima segunda-feira, em Moscou, o embargo russo à carne brasileira. Além da carne, estarão na pauta de discussões a taxação nas importações russas sobre açúcar, café, tabaco, óleo de soja e cachaça brasileiros.

Boa oferta 1
O preço do suíno voltou a apresentar queda nos principais frigoríficos do interior de São Paulo ontem. A arroba do animal teve redução de R$ 1, sendo negociada a R$ 55, em média. A queda se deve ao estoque de carne nos frigoríficos. No mês, o preço do suíno já acumula redução de 1,3%.

Boa oferta 2
A falta de compradores e o excesso de arroz importado no mercado interno continuam derrubando o preço nas cooperativas do Rio Grande do Sul. A saca de 50 kg do produto em casca chegou a ser negociada a R$ 27,50 ontem.

Efeito no bolso
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, sentiu no bolso a alta dos insumos para a próxima safra, gastando 30% a mais com fertilizantes e defensivos neste ano em sua fazenda de café em Patrocínio Paulista (São Paulo).

Renda menor preocupa
A OCB está preocupada com a possível queda na renda dos agricultores, principalmente os pequenos, por causa dos altos custos dos insumos. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, já foi alertado pelos cooperativistas.

BB lidera nos agrícolas...
O Banco do Brasil liberou, até agosto, R$ 778 milhões para financiamento dos programas agrícolas do governo federal. Esse volume coloca o banco como líder nas aplicações dos programas agrícolas do BNDES. Esse valor representa 36% do total aplicado pelos outros agentes financeiros do mercado no ano.

... e no Finame
O Banco do Brasil liderou também os desembolsos para investimento nas linhas de financiamento do Finame Agrícola. O valor financiado foi de R$ 624 milhões, representando 23% do total aplicado por todos os outros agentes financeiros no ano.

Centro do couro
A Embrapa inaugura na próxima semana o Centro de Tecnologia do Couro Centro-Oeste, em Mato Grosso do Sul. O CTC vai otimizar e difundir tecnologias para a cadeia produtiva do couro bovino e de peles exóticas, com as de rã, peixe e jacaré.

E-mail: mzafalon@folhasp.com.br

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