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Indústria atende
demanda maior
sem elevar preço
DA REPORTAGEM LOCAL
A indústria pode atender à
procura gerada por crescimento econômico mais acelerado
sem gerar inflação, mostra pesquisa da Fiesp (Federação das
Indústrias do Estado de São
Paulo). A utilização de horas
extras, mais turnos e investimentos pontuais garantiriam,
de acordo com levantamento
da entidade, o crescimento da
produção sem gerar aumentos
de preços.
"A teoria do produto potencial nos ofende", diz Paulo
Francini, diretor da Fiesp,
mencionando as avaliações do
Banco Central sobre a capacidade de crescimento do Brasil.
Cálculos mencionados pelo BC
estimam capacidade não superior a 4% ao ano.
Francini lembra que é muito
difícil apurar a utilização da capacidade de produção das indústrias. Principalmente porque as plantas industriais não
são homogêneas e, para atender a aumentos da procura por
seus produtos, podem lançar
mão de uma série de fatores.
A Fiesp perguntou a mil indústrias qual seria a sua capacidade de expansão utilizando
alguns instrumentos como as
horas extras, mais turnos de
trabalho e investimentos pontuais para exterminar gargalos
na produção.
A conclusão foi que a flexibilidade da indústria para se
adaptar a períodos de crescimento mais acelerado é alta.
Apenas com a utilização de
horas extras, diz a pesquisa, seria possível elevar a produção
em 19% em relação ao pico de
produção atingido pelo setor.
Também em relação a esse pico, o aumento do número de
turnos de trabalho levaria a aumento de 29,75%. Aumento
parecido poderia ser alcançado
com investimentos pontuais,
que eliminassem gargalos observados pelo setor.
"A indústria sempre corre
atrás da demanda", diz o diretor da Fiesp.
A avaliação do estudo da entidade é que essa flexibilidade
não é captada pelo modelo usado pelo Banco Central, que pode explicar melhor as evoluções em períodos mais longos,
mas não consegue dissecar os
aumentos de produção em
prazos mais curtos.
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