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Após críticas, Mantega decide apoiar Banco do Sul
Ministro da Fazenda afirma que houve amadurecimento do projeto do banco
Para Mantega, o Brasil tem menos interesse do que outros países porque tem mais crédito, mas vê benefícios para todos
DA SUCURSAL DO RIO
Depois de enumerar dúvidas
sobre a eficácia do Banco do
Sul, o ministro Guido Mantega
(Fazenda) recuou ontem e afirmou que o Brasil sempre trabalhou a favor do projeto. Mas ele
reconheceu que o país tem menos interesse na nova instituição do que os países vizinhos.
"O Brasil tem menos interesse do que outros países porque
temos mais crédito. Mas temos
todo o interesse em trabalhar
na integração desses países. Vai
beneficiar nossos parceiros comerciais e políticos."
De acordo com o ministro, o
que houve foi um amadurecimento do projeto. Apesar disso,
em declarações dadas no começo do ano, durante a Cúpula do
Mercosul, Mantega dizia avaliar como complicada a criação
do novo banco e que seria mais
eficaz utilizar os bancos regionais já existentes.
Na época, Mantega afirmava
que o ideal seria uma atuação
conjunta do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), do argentino Banco de la Nación e do
Banco de Desenvolvimento da
Venezuela para aproveitar a estrutura existente.
O ministro afirmava que, no
futuro, nada impediria a criação de um banco de integração,
mas que, num primeiro momento, a alternativa mais eficaz era a viabilização de projetos por meio da atuação conjunta dos bancos regionais.
O ministro afirmou que ainda não se sabe se o banco poderá contribuir para o processo
de internacionalização das empresas da região, mas que deverá priorizar os investimentos
em projetos de integração regional.
"Conseguimos superar os
obstáculos, as arestas que existiam para o entendimento da
constituição do Banco do Sul.
Ele já está próximo de se tornar
realidade. O objetivo é que seja
um banco de desenvolvimento
que financie a integração e o
desenvolvimento dos países
sul-americanos", disse.
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