São Paulo, terça-feira, 09 de outubro de 2007

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Após críticas, Mantega decide apoiar Banco do Sul

Ministro da Fazenda afirma que houve amadurecimento do projeto do banco

Para Mantega, o Brasil tem menos interesse do que outros países porque tem mais crédito, mas vê benefícios para todos

DA SUCURSAL DO RIO

Depois de enumerar dúvidas sobre a eficácia do Banco do Sul, o ministro Guido Mantega (Fazenda) recuou ontem e afirmou que o Brasil sempre trabalhou a favor do projeto. Mas ele reconheceu que o país tem menos interesse na nova instituição do que os países vizinhos.
"O Brasil tem menos interesse do que outros países porque temos mais crédito. Mas temos todo o interesse em trabalhar na integração desses países. Vai beneficiar nossos parceiros comerciais e políticos."
De acordo com o ministro, o que houve foi um amadurecimento do projeto. Apesar disso, em declarações dadas no começo do ano, durante a Cúpula do Mercosul, Mantega dizia avaliar como complicada a criação do novo banco e que seria mais eficaz utilizar os bancos regionais já existentes.
Na época, Mantega afirmava que o ideal seria uma atuação conjunta do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), do argentino Banco de la Nación e do Banco de Desenvolvimento da Venezuela para aproveitar a estrutura existente.
O ministro afirmava que, no futuro, nada impediria a criação de um banco de integração, mas que, num primeiro momento, a alternativa mais eficaz era a viabilização de projetos por meio da atuação conjunta dos bancos regionais.
O ministro afirmou que ainda não se sabe se o banco poderá contribuir para o processo de internacionalização das empresas da região, mas que deverá priorizar os investimentos em projetos de integração regional.
"Conseguimos superar os obstáculos, as arestas que existiam para o entendimento da constituição do Banco do Sul. Ele já está próximo de se tornar realidade. O objetivo é que seja um banco de desenvolvimento que financie a integração e o desenvolvimento dos países sul-americanos", disse.


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