São Paulo, quinta-feira, 09 de novembro de 2000

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Coca-Cola vai injetar R$ 2 bi no país até 2002

GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S/A

O presidente mundial da Coca-Cola, Doug Daft, encontra-se hoje, em Brasília, com o presidente Fernando Henrique Cardoso para anunciar que a empresa irá investir R$ 2 bilhões no país até 2002.
Os investimentos serão direcionados à área de marketing, a projetos sociais, ao aumento da produção interna e à consolidação do Brasil como pólo exportador de concentrado do refrigerante. A fábrica da Coca-Cola é a maior exportadora da Zona Franca. Ela vende ao exterior US$ 200 milhões ao ano de concentrado.
Desde que assumiu a posição de número um da Coca-Cola, é a primeira visita de Daft ao Brasil. Antes, ele esteve no México, a segunda maior operação da Coca-Cola no mundo. O Brasil é a terceira.
Daft desembarcou ontem no Rio, onde participou de uma série de reuniões internas com o presidente da Coca-Cola no Brasil, Stuart Cross, e sua diretoria.
Hoje, Daft irá a Brasília, onde estará com os ministros Paulo Renato de Souza, da Educação, Pedro Malan, da Fazenda, e com o presidente Fernando Henrique Cardoso.

Vendas
Além do investimento de R$ 2 bilhões nos próximos dois anos, Daft irá informar que as vendas do refrigerante cresceram 9% este ano, um dos melhores resultados da Coca-Cola nos últimos anos.
Daft também irá apresentar o programa de valorização dos jovens que a Coca-Cola está implantando no Brasil em cinco escolas, três no Rio e duas em São Paulo. O programa prevê investimentos na melhoria das condições de infra-estrutura das escolas, além de apoiar atividades esportivas. O objetivo da companhia é adotar o programa em 12 instituições de ensino.

Heineken
Não se sabe ainda se Doug Daft irá anunciar a venda da Kaiser para a Heineken. Tudo leva a crer que não se chegou ainda a uma definição sobre o negócio. A Coca-Cola é uma das maiores acionistas da Heineken, com 12% de participação na cervejaria.
A Folha apurou que alguns acionistas da Kaiser se espantaram com o fato de a Bavaria ter sido vendida pela AmBev para a Molson por US$ 98 milhões à vista. Eles consideraram baixo o valor do negócio.
Se for tomado como referência o preço de venda da Bavaria, o valor da Kaiser cairá muito em relação ao que seus acionistas estão pedindo. A Kaiser é quatro vezes maior do que a Bavaria. Os acionistas da empresa pretendiam vender a companhia por US$ 1 bilhão, e a Heineken estava disposta a pagar até US$ 600 milhões.


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