|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Coca-Cola vai
injetar R$ 2 bi
no país até 2002
GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S/A
O presidente mundial da Coca-Cola, Doug Daft, encontra-se hoje, em Brasília, com o presidente
Fernando Henrique Cardoso para
anunciar que a empresa irá investir R$ 2 bilhões no país até 2002.
Os investimentos serão direcionados à área de marketing, a projetos sociais, ao aumento da produção interna e à consolidação do
Brasil como pólo exportador de
concentrado do refrigerante. A fábrica da Coca-Cola é a maior exportadora da Zona Franca. Ela
vende ao exterior US$ 200 milhões ao ano de concentrado.
Desde que assumiu a posição de
número um da Coca-Cola, é a primeira visita de Daft ao Brasil. Antes, ele esteve no México, a segunda maior operação da Coca-Cola
no mundo. O Brasil é a terceira.
Daft desembarcou ontem no
Rio, onde participou de uma série
de reuniões internas com o presidente da Coca-Cola no Brasil,
Stuart Cross, e sua diretoria.
Hoje, Daft irá a Brasília, onde
estará com os ministros Paulo Renato de Souza, da Educação, Pedro Malan, da Fazenda, e com o
presidente Fernando Henrique
Cardoso.
Vendas
Além do investimento de R$ 2
bilhões nos próximos dois anos,
Daft irá informar que as vendas
do refrigerante cresceram 9% este
ano, um dos melhores resultados
da Coca-Cola nos últimos anos.
Daft também irá apresentar o
programa de valorização dos jovens que a Coca-Cola está implantando no Brasil em cinco escolas, três no Rio e duas em São
Paulo. O programa prevê investimentos na melhoria das condições de infra-estrutura das escolas, além de apoiar atividades esportivas. O objetivo da companhia é adotar o programa em 12
instituições de ensino.
Heineken
Não se sabe ainda se Doug Daft
irá anunciar a venda da Kaiser para a Heineken. Tudo leva a crer
que não se chegou ainda a uma
definição sobre o negócio. A Coca-Cola é uma das maiores acionistas da Heineken, com 12% de
participação na cervejaria.
A Folha apurou que alguns
acionistas da Kaiser se espantaram com o fato de a Bavaria ter sido vendida pela AmBev para a
Molson por US$ 98 milhões à vista. Eles consideraram baixo o valor do negócio.
Se for tomado como referência
o preço de venda da Bavaria, o valor da Kaiser cairá muito em relação ao que seus acionistas estão
pedindo. A Kaiser é quatro vezes
maior do que a Bavaria. Os acionistas da empresa pretendiam
vender a companhia por US$ 1 bilhão, e a Heineken estava disposta
a pagar até US$ 600 milhões.
Texto Anterior: Itamar e FHC evitam encontro em inauguração Próximo Texto: Mercado financeiro: Bovespa cai com Argentina e Nasdaq Índice
|