São Paulo, quinta-feira, 09 de novembro de 2006

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Eletrônico desacelera, mas cresce acima de 10%

DA REPORTAGEM LOCAL

Houve uma desaceleração nas vendas de eletroeletrônicos no terceiro trimestre do ano, mas os resultados ainda apontam para uma expansão de dois dígitos para o setor neste ano.
Segundo dados publicados ontem pela Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), no acumulado do ano até setembro há expansão de 11,79% no volume de produtos vendidos da indústria para o comércio. Até junho, esse crescimento era maior, de 14,43%.
Quem puxou a redução no ritmo da indústria foi a linha marrom, que inclui produtos como televisores, DVDs e sistemas de som.
No primeiro semestre, esse segmento registrava uma expansão de 37,17%. Mas, ao incluir nessa conta a performance no terceiro trimestre, a alta acumulada no ano cai para 19,85% -retração provocada em grande parte pela queda na procura por TVs.
O que houve, na avaliação da entidade, foi um ajuste nos estoques do comércio de televisores de julho a setembro. Isso acabou levando a uma perda no fôlego da indústria no período. Após o final da Copa do Mundo, o consumidor perdeu a motivação para a compras e as vendas se retraíram de forma abrupta.
Para se ter uma idéia, essa perda no ritmo levou o setor a rever as projeções de venda de televisores -carro-chefe do segmento. Esperava-se entre 9,5 milhões e 10 milhões de aparelhos comercializados neste ano. Em maio, a previsão mudou para de 11 milhões a 11,5 milhões. Agora, volta-se a falar em 10 milhões de TVs.
"Fizemos o ajuste de produção, e isso se refletiu no resultado do terceiro trimestre. Além disso, ainda houve impacto do aumento da inadimplência dos consumidores em 2006, que afeta as vendas, e a certa paralisação do mercado no período eleitoral", explica Paulo Saab, presidente da Eletros.
Segundo o balanço do setor, a linha branca ganhou fôlego, com crescimento de 9,75% nas vendas até setembro -de janeiro a junho, a alta era menor, de 5%. Da mesma forma, os portáteis saíram do resultado negativo e reverteram boa parte da perda de 8,37% até junho. (AM)


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