São Paulo, sexta-feira, 09 de dezembro de 2005

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Agora, ministra defende mudar política cambial

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) defendeu ontem que o governo do presidente Lula avalie "toda a questão cambial" e esteja "atento aos pleitos do empresariado" nacional quanto ao valor do dólar em relação ao real.
A declaração foi feita por Dilma ao receber o Prêmio de Economista do Ano do Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
"Estamos passando por um problema do câmbio que preocupa a todos. Uma parte do que está acontecendo se deve aos méritos das exportações. Está havendo uma entrada maciça de recursos [no país]", disse a ministra em seu discurso.
"Hoje temos de pensar não só na intervenção tradicional do Banco Central. Acho que talvez tenhamos de avaliar toda a questão cambial, todos os mecanismos que estão sendo levantados pelos próprios empresários. A posição do governo é estar bastante atento a esses pleitos e avaliar todos os desequilíbrios."
Dilma criticou o Congresso Nacional por atrasar a votação do Orçamento da União para o próximo ano. "É grave não votar o Orçamento", disse ela.
Depois de defender os investimentos feitos especialmente nas áreas de transporte, a ministra comentou que o atual governo assumiu tendo de enfrentar "o apagão de planejamento".
De acordo com Dilma, o quadro para o ano que vem é "favorável" e "não há nenhuma restrição visível".
Ela acredita que o crescimento da economia do país em 2006 não será inferior a 4,5%. Quanto ao superávit cambial, ela afirmou: "Não temos condições de ter um superávit de 4,5% [em relação ao PIB] no ano que vem".


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