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Japão e Canadá têm recursos para o pré-sal, afirma Lobão
Segundo ministro, China
já
ofereceu US$ 10 bilhões
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Edison Lobão
(Minas e Energia) disse que,
além da China e dos Emirados
Árabes, grupos japoneses e canadenses também ofereceram
financiamento para a exploração do pré-sal. Em entrevista
publicada na Folha de ontem,
Lobão diz que a China ofereceu
US$ 10 bilhões para financiar a
exploração do óleo.
"A Petrobras é a maior empresa do país, sólida, tem uma
tradição de prestígio no exterior. Não há investimento mais
seguro, portanto, do que nela",
disse o ministro.
Segundo Lobão, nem a estatal nem o governo decidiram se
esses empréstimos serão necessários. Ele lembrou que a
Petrobras tem blocos já leiloados anteriormente e que estão
na região do pré-sal, o que pode
ser muito lucrativo para a empresa no futuro. "Qualquer
banco, qualquer instituição financeira internacional avalia
essa situação toda."
Para o ministro, o preço do
barril do petróleo deverá voltar
a subir. Segundo ele, apesar da
crise, o consumo continua em
crescimento e os produtores
podem reduzir a extração de
petróleo para controlar o preço, se for preciso. "US$ 150 o
barril não é um patamar realista, mas US$ 40 também não é."
Lobão disse ainda que o novo
plano de investimento da Petrobras, que deverá ser anunciado até o fim do ano, poderá
ter mais recursos do que o anteriormente previsto.
"Ela [a Petrobras] vai liberar
até o final desse ano o seu programa atualizado de investimentos. Pode ser um planejamento mais alentado de recursos, mais adequado", disse.
Prazo
A Petrobras pediu à ANP
(Agência Nacional do Petróleo)
mais prazo para explorar aproximadamente 70 blocos que já
havia arrematado em licitações
feitas pela agência reguladora.
A ANP ainda não decidiu se
aceita o pedido da estatal. A demanda foi feita no mês passado.
Em seu pedido, a Petrobras alega que não tem condições de
cumprir o programa exploratório mínimo no prazo.
De acordo com a regulamentação do setor de petróleo, as
empresas que vencem licitações para explorar áreas em
busca de petróleo têm um prazo para cumprir um cronograma mínimo de pesquisa. O prazo era de quatro anos e foi elevado para cinco pela ANP. Caso
a empresa responsável pela
área não cumpra o cronograma, pode perder a concessão.
No caso do pedido da Petrobras, a maior parte dos blocos
teria o prazo de exploração mínimo vencendo no final deste
mês. O principal argumento da
estatal para pedir o prolongamento do prazo não foi a crise
financeira, e sim o aquecimento do mercado: a empresa alegou dificuldades para conseguir equipamentos necessários
à exploração, como sondas.
Procurada por meio de sua
assessoria de imprensa, a Petrobras não quis comentar o
pedido de adiamento feito à
ANP. A agência reguladora, por
meio de sua assessoria, confirmou apenas o teor do pedido,
em linhas gerais, mas não deu
mais detalhes.
Em novembro, a Petrobras já
havia admitido adiar projetos
de exploração e produção, desde que não afetem de forma significativa a curva de produção
da empresa. Na ocasião, o gerente-geral de novos negócios
da área de exploração e produção, José Jorge de Moraes Junior, afirmou que seriam priorizados projetos que possibilitem retorno mais rápido, como
os que extraem óleo leve.
Ele frisou que os projetos do
pré-sal são prioritários para a
empresa, pois são decisivos para as metas de produção pós-2015, e não serão afetados.
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