Proposta prevê corte de tributo para pequena empresa e mais obras de infraestrutura

O presidente dos EUA disse que pretende usar sobras do programa de socorro a instituições financeiras para aumentar a criação de vagas

Jim Young - 4.dez.09/Reuters

O presidente dos EUA, Barack Obama, cumprimenta trabalhador em fábrica na Pensilvânia

JANAINA LAGE
DE NOVA YORK

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou ontem uma série de medidas para combater o desemprego, que atinge 10% da população. As propostas incluem cortes de impostos para pequenas empresas, mais obras de infraestrutura e medidas de incentivo à energia limpa.
O desemprego é hoje um dos pontos fracos, na avaliação de Obama. Com as medidas aprovadas pelo Congresso para recuperar as instituições financeiras, a recuperação da economia já chegou a Wall Street, mas não ao cidadão comum.
Com eleições no Congresso marcadas para 2010, Obama tem pressa em viabilizar a recuperação da economia real antes que isso cause efeitos negativos nas próximas eleições.
"Ainda não estamos criando empregos a um ritmo que possa ajudar as famílias que foram "arrastadas pela correnteza". Desde que a recessão começou já foram perdidos mais de 7 milhões de empregos", disse.
Obama afirmou que pretende usar recursos que sobraram do Tarp (o programa de socorro a instituições financeiras) para impulsionar a criação de vagas.
Anteontem, o governo anunciou que os custos do programa serão US$ 200 bilhões menores do que se estimava.
Os bancos estão procurando quitar a dívida com o governo e os investimentos feitos nas instituições renderam mais do que o esperado. Ontem, Obama não detalhou os valores das propostas contra o desemprego.
O presidente procurou minimizar as críticas dos republicanos de que o dinheiro deveria ser devolvido ao Tesouro para reduzir o deficit dos EUA. "Há aqueles que alegam que devemos escolher entre reduzir nosso deficit ou investir na criação de empregos e no crescimento econômico. Essa é uma falsa escolha", disse. Segundo Obama, estimular o emprego é a melhor solução para reduzir o deficit.
Nos últimos 15 anos, as pequenas empresas foram responsáveis pela criação de 65% dos empregos. O presidente propõe cortar impostos sobre os ganhos dessas empresas.


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