DA REPORTAGEM LOCAL

O anúncio de que o BC (Banco Central) irá rolar os títulos cambiais que vencem na próxima semana e a notícia de novas captações externas dos bancos brasileiros fez com que o bom humor predominasse mais uma vez no mercado financeiro.
Apesar da volatilidade, onde inclusive o dólar chegou a subir 1,2%, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,3%, cotada a R$ 3,315. O risco-país caiu 0,71%, para 1.258 pontos.
Com um volume financeiro de R$ 579 milhões, a Bovespa fechou em alta de 1,07%.
O diretor de Política Monetária do BC, Luiz Fernando Figueiredo, anunciou que o governo fará a rolagem integral dos U$ 2,27 bilhões da dívida pública que vencem no próximo dia 16. No dia 22 vence mais U$ 1,33 bilhão.
Segundo analistas, como o presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que espera desindexar parte da dívida externa do câmbio, o anúncio da rolagem surpreendeu alguns investidores.
Para Alexandre Maia, economista-chefe da Gap Asset Management, a rolagem dos títulos deve ser tranquila, seguindo a mesma tendência das últimas operações feitas no mês de dezembro.
Ontem foi a vez de mais dois bancos anunciarem a captação de dólares no exterior. O ABN Amro concluiu uma operação de U$ 100 milhões, com prazo de seis meses e taxa anual de 6,65%.
Já o Banco Safra disse que também deve concluir hoje a emissão de U$100 milhões em títulos com prazo de seis meses e taxas entre 6,7% e 7,1%.
Segundo Carlos Alberto Vieira, presidente do banco, o mercado atualmente possui condições muito favoráveis às emissões. "A receptividade foi excelente".
No mercado de capitais, após a realização de lucros da quarta-feira, o Ibovespa voltou a subir e acumula nos últimos 30 dias uma valorização de 15,2%.
Para os analistas, a recuperação da Bolsa tem sido muito rápida principalmente devido aos papéis que foram muito punidos no ano passado e ficaram com preços considerados atrativos em relação às empresas internacionais.
As maiores altas do dia foram Eletropaulo PN (6,8%), Petrobras Distribuidora PN (6,3%) e Petrobras ON (5,5%). As maiores baixas foram Embratel ON (3,7%) e Bradespar PN (3,3%).
(GEORGIA CARAPETKOV)


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