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Bancos esperam juro 0,5 ponto menor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Analistas de mercado consultados pelo Banco Central na sexta-feira passada apostam que os juros vão ser reduzidos em 0,5 ponto percentual na semana que vem,
quando acontece a primeira reunião do ano do Copom (Comitê
de Política Monetária do BC). Hoje, a taxa Selic está em 18% ao ano.
Trata-se de uma projeção média
colhida pela autoridade monetária como parte de uma pesquisa
semanal feita com cem analistas.
Será o primeiro encontro do Copom a seguir um novo calendário:
a partir deste mês, as reuniões serão realizadas a cada seis semanas, e não mensalmente, como
acontecia até o ano passado. Sendo assim, um corte de 0,5 ponto
percentual, se confirmado, representará uma freio nas reduções
que têm sido promovidas desde
setembro.
Isso porque, anteriormente,
uma redução de 0,5 ponto costumava vigorar, em média, por quatro semanas. Agora, as decisões
do Copom irão valer por mais
tempo. Logo, se os juros não forem reduzidos em mais que 0,5
ponto percentual, outra queda só
ocorrerá em março, quando está
marcada a próxima reunião.
Desde setembro, a taxa Selic foi
reduzida em todas as reuniões do
Copom. Entre outubro e dezembro, cada corte foi de 0,5 ponto.
Para atenuar o efeito da mudança no calendário sobre a condução da política monetária, poderá
ser adotado o chamado viés de
baixa. Por esse instrumento, o
presidente do Banco Central fica
autorizado a reduzir os juros antes mesmo da próxima reunião
do Copom.
O viés não é adotado pelo Copom desde março de 2003, pouco
mais de dois meses depois da posse de Henrique Meirelles na presidência do BC.
Segundo os analistas consultados pelo BC, os juros devem encerrar 2006 em 15% ao ano. Desde
que foi implantado no país o sistema de metas para a inflação, em
1999, a taxa Selic nunca ficou abaixo de 15,25% ao ano.
Nesse cenário, a economia teria
um crescimento de 3,5% neste
ano, um pouco acima dos 2,4%
estimados para 2005 -os números finais ainda não foram fechados-, mas ainda abaixo dos
4,9% registrados em 2004.
Inflação
A inflação, por sua vez, deve ficar em 4,5% em 2006, exatamente
em cima da meta fixada pelo governo. No ano passado, segundo
estimativa dos analistas, a alta do
IPCA foi de 5,68%, um pouco acima da meta de 5,1% fixada pelo
BC, mas ainda dentro da margem
de erro prevista.
Já a cotação do dólar, em queda
nos últimos dias, deve subir para
R$ 2,40 até dezembro, também de
acordo com a projeção feita por
analistas de mercado.
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