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Safra de grãos se recupera e cresce 3,6% em 2006
Com clima mais favorável, país produz 116,6 milhões de toneladas, diz IBGE
No ano anterior, produção havia caído 5,6%; para 2007, previsão é que safra
atinja recorde, estimulada por elevação de preços
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Com um clima mais favorável e sem as fortes estiagens de
2005, a safra brasileira de grãos
cresceu 3,6% em 2006 e alcançou 116,6 milhões de toneladas,
segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 2005, a produção havia
sido de 112,6 milhões de toneladas -queda de 5,6%.
Para 2007, o prognóstico do
IBGE aponta uma safra de
grãos de 123,9 milhões de toneladas -alta de 6,3%. Caso se
confirme a previsão, será a
maior colheita da história. A
melhor safra foi a de 2003, com
123,6 milhões de toneladas. O
estímulo à lavoura, diz o IBGE,
virá do cenário de preços internacionais das principais commodities agrícolas em alta.
Os dados fechados de 2006
representam ainda uma grande
frustração se comparados com
as projeções iniciais do IBGE
para a safra passada. A estimativa apontava para uma produção de grãos de 129,8 milhões
de toneladas -11,3% a mais do
que foi verificado.
"As previsões são feitas com
base na área plantada informada pelos agricultores. Depois de
implantada a safra, são o clima
e as condições fitossanitárias,
ou seja, as pragas, que vão definir a colheita", disse Neuton Alves de Lima, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola.
Em 2006, a reação da lavoura
de grãos foi puxada pelo milho
de primeira e segunda safras,
cuja produções subiram 15,7%
e 38,7%, respectivamente. Trata-se de um reflexo especialmente do clima mais propício à
lavoura e da reação dos preços
ao final do ano.
Já a lavoura de soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, cresceu apenas 2,1%, diante
de um cenário de preços internacionais deprimidos ao longo
da maior parte do ano passado.
A soja representou 44,6% da
produção de grãos do país.
A cultura do trigo, por sua
vez, registrou uma perda de
49,1%, prejudicada pelo estímulo à importação do produto
argentino, que ficou mais barato por causa do câmbio.
Pelos dados do IBGE, a região Sul foi a maior produtora
de grãos do Brasil em 2006,
com uma participação de
41,4%. Em segundo lugar, ficou
o Centro-Oeste (34%).
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