|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pedidos de falência têm queda de 35% em 2007
Número de recuperações judiciais pedidas subiu 6,7%
SIMONE CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No segundo ano completo da
nova Lei de Falências, que entrou em vigor em junho de
2005, o número de pedidos de
falências caiu 35% e o de recuperações judiciais aumentou
6,7%, segundo a Serasa.
A lei nº 11.101 trouxe o instrumento da recuperação judicial,
que deixa a empresa funcionando enquanto, por meio de
acordo, os credores são pagos.
Com ela, a empresa também só
pode ter a falência decretada se
tiver dívida acima de 40 salários mínimos.
"O número está muito
aquém do que pode vir a ser",
diz o consultor do Cenofisco
(Centro de Orientação Fiscal),
Lázaro Rosa da Silva.
Na avaliação do assessor econômico da Serasa Carlos Henrique de Almeida, os baixos números da recuperação judicial
são resultado do uso ainda restrito às grandes empresas. "O
instrumento depende de muito
planejamento para fazer acordo com os credores, o que é
mais fácil de ser conseguido em
empresas maiores."
Um sinal disso é que o número de pedidos de recuperação
judicial foi cerca de dez vezes
menor que o de falências: 269 e
2.721, respectivamente.
As recuperações extrajudiciais, feitas por meio de acordo
entre credores e devedores sem
recorrer à Justiça, foram menos utilizadas. Houve 9 pedidos
em 2007, contra 2 em 2006, e 5
homologações.
Mesmo com queda nas falências, foi no comércio, setor com
maior número de pequenas
empresas, que houve mais pedidos desse tipo. Foram 937 requisições no ano passado
(-33,6%) no comércio, 926 na
indústria (-37,4%) e 842 no setor de serviços (-33,4%).
Para Almeida, da Serasa, a
queda nas falências é resultado
do crescimento econômico do
país, que teria reduzido as dificuldades das empresas em
2007. "Isso se reflete no pequeno negócio, tanto que a maior
queda foi no comércio."
Texto Anterior: Bush pode dar desconto em impostos, diz jornal Próximo Texto: Empresas recebem multa por "maquiar" alimentos Índice
|