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Demanda por vôos sobe 12% em 2007
Em ano de crescimento, procura poderia ter sido de até 15%, mas foi limitada pelo caos nos aeroportos
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 2007, ano de forte crescimento econômico mas também de caos nos aeroportos, a
demanda de passageiros por
vôos domésticos cresceu 11,9%.
Menos que o registrado em
2006, quando a alta foi de
12,3% em relação a 2005.
Para consultores, o aumento
da demanda poderia ter alcançado os 15% se não fosse a crise
na aviação brasileira. A taxa de
ocupação (ou seja, o percentual
de assentos ocupados nos vôos)
foi de 69%, dois pontos percentuais a menos do que em 2006,
de acordo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
"Além do caos aéreo em
2007, em 2006 as taxas de ocupação das companhias foram
bastante elevadas em julho,
agosto e setembro devido à paralisação de várias operações
da Varig", diz o consultor especializado Paulo Bittencourt
Sampaio. Ou seja, a demanda
"migrou" para outras empresas, elevando a ocupação.
Apesar da crise ao longo do
ano, houve uma recuperação da
demanda nos últimos meses:
em dezembro houve aumento
de 17,6% em relação a 2006.
Em 2007, a TAM teve uma
participação média de mercado
nos vôos domésticos de 48,8%.
Em 2006, havia sido de 47,8%.
A Gol aumentou, na mesma
comparação, de 33,9% para
39,5%. "A Gol cresceu no primeiro semestre do ano passado
em cima da crise da Varig e no
segundo semestre a partir do
próprio crescimento da demanda", disse Sampaio.
A OceanAir, que em 2006 tinha 1,46% dos vôos domésticos, passou para 2,4% na média
de 2007. Em dezembro, a companhia, que fechou contrato
para transportar os passageiros
da BRA (que parou de operar
em novembro), cresceu mais:
ficou com 3,7% do mercado.
Já a Varig, que fechou o ano
retrasado com 10% do mercado
e que no ano passado foi vendida para a Gol, encerrou o ano
com 3,4% de participação.
Segundo Sampaio, a Varig
deve crescer neste ano. "Ela
abriu 2008 com 10 Boeings-767, sete 737/800 e um 737/
700. A dimensão da companhia
vai começar a mudar agora. Ela
deve crescer bastante e regularizar os seus vôos para a Europa, que vinha operando em
condições bem precárias."
A saída da Varig foi sentida
principalmente nos vôos internacionais. A demanda caiu
5,1% em 2007, com as estrangeiras ganhando espaço.
A TAM foi a principal beneficiada entre as brasileiras: em
2007, teve 67,4% de participação na média, e em dezembro
teve 69,9% do mercado. A Gol
aumentou de 7,3% para 14,2%.
Já a Varig, que vem retomando freqüências para a Europa,
ficou com 13% dos vôos internacionais. Para Sampaio, Varig
e TAM terão maior oferta de
vôos para a Europa em 2008 e,
a partir do segundo semestre,
deve haver uma batalha entre
elas pelas linhas para os EUA,
competindo com as companhias aéreas americanas. Ele
acredita que as tarifas internacionais vão cair em 2008.
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