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Bolsa cai 1%, mas encerra semana com alta de 3,3%
Siderúrgicas são destaque; dólar recua para R$ 2,272
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São
Paulo aproveitou a entrada de
capital externo que ocorreu
neste começo de ano e computou valorização de 3,32% na semana. Ontem, a baixa ficou em
0,97%, mas a Bovespa manteve-se acima dos 40 mil pontos
-fechou a 41.582 pontos. No
ano, a alta alcança 10,74%.
Para o dólar, a semana foi de
depreciação. Mesmo ainda distante dos patamares que registrava há seis meses, o dólar teve
importante recuo de 2,61% na
semana, e desceu a R$ 2,272. A
moeda caiu 0,87% ontem.
O dia não foi animador para o
mercado acionário internacional. O índice norte-americano
Dow Jones encerrou as operações de ontem com baixa de
1,64%. A Bolsa de Londres perdeu 1,26%.
O resultado do mercado de
trabalho norte-americano foi
um dos pontos negativos do
dia. O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos informou que o país perdeu mais de
2,5 milhões de vagas em 2008
-o pior resultado desde 1945. A
taxa de desemprego americana
saltou para 7,2% -a mais elevada desde 1993.
"Após iniciar o ano rompendo a barreira dos 40 mil pontos,
o mercado acionário local engatou uma semana de alta motivada pela entrada do capital
estrangeiro, com destaque para
as ações de mineração e de siderurgia. Além disso, estamos
observando certo otimismo do
mercado em relação à expectativa pela posse de Barack Obama e do seu pacote de estímulo
econômico", afirma, em análise, a XP Investimentos.
Entre os papéis que formam
o índice Ibovespa, a semana foi
equilibrada: houve 35 altas e 31
quedas. Nos setores de siderurgia e de mineração não faltaram destaques de ganhos, que
ajudaram a Bolsa a se manter
em níveis mais elevados.
A ação ordinária da Companhia Siderúrgica Nacional encerrou a semana com valorização acumulada de 16,89%, seguida por Gerdau PN, que subiu 16,25%, e Vale PNA, que teve ganho de 7,74%.
Esses papéis costumam estar
na mira dos investidores estrangeiros, que têm demonstrado maior apetite para os títulos nacionais neste começo
de ano. Até o dia 7 deste mês, o
balanço das operações dos estrangeiros na Bolsa estava positivo em R$ 1,04 bilhão. Em
2008, a saída de capital externo
foi recorde: R$ 24,6 bilhões.
O setor de siderurgia e metalurgia esteve entre os mais punidos de 2008, ao acumular depreciação de 45% -a Bolsa caiu
41,2% no ano passado.
A queda dos papéis da Petrobras no pregão de ontem tirou o
fôlego da Bovespa. A ação PN
da petrolífera recuou 0,39%, e a
ON caiu 0,16%. Na semana, a
ação PN da empresa, que é a de
maior peso do mercado doméstico, subiu 3,5%.
Câmbio
Com a baixa de ontem, o dólar passou a registar recuo de
2,66% em 2009 -mesmo com
o Banco Central menos atuante
no mercado nos últimos dias.
Apesar de ainda estarem elevadas, as posições compradas
dos investidores estrangeiros
na BM&F estão em níveis menos altos que os registrados há
pouco tempo. Isso indica que
perderam força as apostas na
manutenção do dólar em patamares muito elevados. As posições compradas líquidas dos
estrangeiros, que iniciaram o
ano em US$ 13,17 bilhões, marcavam US$ 11,9 bilhões na última quinta-feira. Quanto mais
altas essas posições compradas
no mercado futuro, mais fortes
as pressões para manter o dólar
em níveis mais elevados.
Nas operações de ontem, o
dólar bateu em R$ 2,305 na máxima, mas chegou a recuar para
R$ 2,262 na mínima.
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