São Paulo, terça-feira, 10 de fevereiro de 2004

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OUTRO LADO

Empresas alegam que insumos estão mais caros

DA REPORTAGEM LOCAL

A Folha entrou em contato com 13 fabricantes do setor industrial, presentes na lista de fabricantes que podem reajustar preços a partir de março.
Na área de alimentos, a Kraft Foods confirma que estão sendo negociados reajustes de 2,5% a 5%.
Segundo a assessoria de imprensa da companhia, pressões nos custos de fabricação dos alimentos levaram a fabricante a solicitar os aumentos.
De acordo com dados obtidos pela Folha, há uma expectativa de que o preço das cervejas e dos refrigerantes suba de 2% a 5%, segundo tabela de preços nas mãos das redes de varejo. O aumento atinge várias marcas. A AmBev, dona de Skol, Brahma e Antarctica, nega que tenha encaminhado tabelas com reajustes.
Maior fabricante de alimentos do país, a Nestlé confirma que promoveu reajustes de 4% no café solúvel da marca, após aumento de 10% em outubro. Isso ocorreu porque os insumos subiram 25% de novembro até fevereiro, informa o grupo.
Empresas como Sara Lee, Bunge, Reckitt Benckiser, Colgate-Palmolive, Unilever, Cargill, Cacique e Gillette informaram ontem que não conseguiram localizar seus executivos para falar sobre o assunto.
Analistas aguardavam aumentos de preços de até 5% por conta do aumento da Cofins, que passou a valer no início do mês. Os reajustes vieram mais pesados.
Na avaliação da direção da Abras, que representa o setor supermercadista do país, a indústria pode estar negociando recuperação na margem de lucro com os reajustes. (AM)


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