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INFRA-ESTRUTURA
Ação dará garantia
SP vai criar empresa para gerenciar PPP
LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo de São Paulo vai criar
uma empresa para gerenciar os
projetos de Parceria Público-Privada no Estado. Batizada de CPP
(Companhia Paulista de Parcerias), a nova empresa começará a
operar com ativos de aproximadamente R$ 700 milhões, disse à
Folha o secretário estadual de Fazenda, Eduardo Guardia.
Do valor que será injetado na
companhia, cerca de R$ 400 milhões corresponderão a ações da
Sabesp (companhia de saneamento do Estado). Os outros R$
300 milhões serão em imóveis
pertencentes ao governo. A empresa, de controle do Estado, será
a garantidora dos empreendimentos que vierem a ser realizados com a iniciativa privada.
No projeto que enviou ao Congresso, o governo federal também
planejou a criação de um fundo
garantidor para as PPPs (Parcerias Público-Privadas), com o objetivo de dar maior segurança aos
investidores. Acredita, assim, que
vá atrair mais recursos para os
projetos. Além de ações de estatais federais e de imóveis, o governo vai injetar no fundo recursos
do Orçamento da União.
Guardia destaca que será destinada à CPP apenas parcela das
ações da Sabesp que excedem o
controle da empresa. Segundo o
relator do projeto federal das
PPPs, deputado Paulo Bernardo
(PT-PR), o mesmo ocorrerá com
ações de estatais federais.
Segundo Guardia, a idéia de
destinar ações da Sabesp para a
CPP se deve à alta liquidez (fácil
negociação) que têm os papéis.
Ou seja, no caso de o Estado, por
um motivo qualquer, não honrar
o pagamento ao parceiro privado,
as ações da Sabesp poderiam ser
vendidas rapidamente para levantar dinheiro.
Guardia não soube informar
qual o potencial de investimentos
da iniciativa privada nas PPPs estaduais. Segundo ele, os projetos
das parcerias em São Paulo serão
na área de infra-estrutura, como
na construção e ampliação de rodovias, linhas do metrô e até mesmo de presídios.
Na semana passada, o deputado
Paulo Bernardo fechou acordo
com os ministérios da Fazenda e
do Planejamento para que ficasse
mais claro no projeto das PPPs
que os gastos de Estados e municípios no âmbito das PPPs têm de
respeitar os limites de endividamento público previstos na LRF
(Lei de Responsabilidade Fiscal).
Segundo Bernardo, a nova redação do texto da lei poderia dificultar para os Estados investir nas
parcerias, uma vez que muitos estão no limite da LRF.
De acordo com Guardia, isso
não ocorre com São Paulo. Ele
disse que o Estado tem cumprido
todos os limites previstos na LRF
e que o projeto paulista de PPP
prevê o respeito à lei.
A CPP só entrará em operação
após aprovação pela Assembléia
Legislativa paulista do projeto de
PPP estadual, enviado pelo governo no ano passado. Guardia espera que seja votado neste ano.
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