São Paulo, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

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Entidade afirma que é preciso "vigiar" barreiras comerciais

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Pascal Lamy, afirmou ontem que é preciso ficar "vigilante" contra práticas protecionistas em um momento em que cresce o temor de que medidas restritivas ao comércio global venham a agravar a crise financeira -como ocorreu na época da Grande Depressão, em 1929.
Em encontro ontem em Genebra, Lamy disse haver ainda poucas evidências de aumento no protecionismo associado ao contexto da crise. Mas acrescentou que "estamos em estágio inicial das respostas políticas contra a recessão econômica, e creio que devemos permanecer vigilantes".
Relatório da OMC divulgado durante a reunião dos 153 membros da entidade OMC adverte sobre "as dificuldades que surgiriam" se os países recorressem em grau significativo "a medidas que restringissem ou distorcessem o comércio para preservar as empresas, empregos e a agricultura" dos efeitos da desaceleração econômica.
De acordo com o texto, "o protecionismo poderia induzir outros países a adotar medidas restritivas que exacerbariam o dano causado" pela crise global.
Por enquanto, o receio acerca do protecionismo tem caráter mais especulativo. Até agora, as atenções estão mais voltadas ao programa de estímulo econômico nos Estados Unidos no que se relaciona ao aço e aos bens manufaturados -e se o programa prejudicaria produtores estrangeiros.
Para evitar o aumento das restrições no comércio global, Lamy recomenda a adoção de "disciplinas multilaterais".
Sem emitir juízo de valor, Lamy citou uma série de medidas tomadas no sentido de minimizar os efeitos da crise, como o apoio financeiro a bancos e a setores produtivos, em particular a indústria automotiva, como no caso dos EUA.

Brasil
Lamy elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos EUA, Barack Obama, pela resistência "às pressões domésticas e por garantir que suas economias se mantenham abertas à concorrência externa".
O Brasil também foi mencionado no relatório "pela compra de participação no capital de bancos em dificuldades".


Com agências internacionais


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