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Entidade afirma que é preciso "vigiar" barreiras comerciais
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Pascal Lamy, afirmou ontem que é preciso ficar "vigilante" contra práticas protecionistas em um momento em que
cresce o temor de que medidas
restritivas ao comércio global
venham a agravar a crise financeira -como ocorreu na época
da Grande Depressão, em 1929.
Em encontro ontem em Genebra, Lamy disse haver ainda
poucas evidências de aumento
no protecionismo associado ao
contexto da crise. Mas acrescentou que "estamos em estágio inicial das respostas políticas contra a recessão econômica, e creio que devemos permanecer vigilantes".
Relatório da OMC divulgado
durante a reunião dos 153
membros da entidade OMC adverte sobre "as dificuldades que
surgiriam" se os países recorressem em grau significativo "a
medidas que restringissem ou
distorcessem o comércio para
preservar as empresas, empregos e a agricultura" dos efeitos
da desaceleração econômica.
De acordo com o texto, "o
protecionismo poderia induzir
outros países a adotar medidas
restritivas que exacerbariam o
dano causado" pela crise global.
Por enquanto, o receio acerca do protecionismo tem caráter mais especulativo. Até agora, as atenções estão mais voltadas ao programa de estímulo
econômico nos Estados Unidos
no que se relaciona ao aço e aos
bens manufaturados -e se o
programa prejudicaria produtores estrangeiros.
Para evitar o aumento das
restrições no comércio global,
Lamy recomenda a adoção de
"disciplinas multilaterais".
Sem emitir juízo de valor,
Lamy citou uma série de medidas tomadas no sentido de minimizar os efeitos da crise, como o apoio financeiro a bancos
e a setores produtivos, em particular a indústria automotiva,
como no caso dos EUA.
Brasil
Lamy elogiou o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e o
presidente dos EUA, Barack
Obama, pela resistência "às
pressões domésticas e por garantir que suas economias se
mantenham abertas à concorrência externa".
O Brasil também foi mencionado no relatório "pela compra
de participação no capital de
bancos em dificuldades".
Com agências internacionais
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