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Brasil precisa de câmbio realista, afirma Gerdau
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil precisa pensar com urgência em uma estratégia de longo prazo para garantir sua competitividade e isso passa, obrigatoriamente, pela revisão da carga
tributária incidente sobre o setor
produtivo e pela adequação da taxa de câmbio a patamares mais
realistas. A opinião é do presidente do Conselho Diretor da Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter.
"No mundo não há mais cabimento pagar impostos antecipadamente sobre investimentos que
irão gerar emprego e progresso",
disse Gerdau, ao participar ontem
da inauguração da Gerdau São
Paulo, em Araçariguama, região
de Sorocaba.
"Existem cenários internacionais em que políticas desse tipo levaram ao encerramento de várias
atividades econômicas", ponderou o empresário.
O grupo Gerdau é o 13º maior
produtor de aço do mundo. Em
2005, quando fabricou 13,7 milhões de toneladas do metal, seu
faturamento atingiu R$ 25,5 bilhões, 8,9% a mais que no ano anterior. O lucro líquido, porém, teve pouca variação, segundo o balanço da empresa: passou de R$
3,235 bilhões em 2004 para R$
3,245 bilhões no ano passado, variação de 0,3%.
A Gerdau São Paulo consumiu
R$ 500 milhões em investimentos
para se tornar a mais moderna siderúrgica produtora de vergalhões do Brasil.
A usina tem capacidade para
produzir até 900 mil toneladas de
aço por ano, cuja venda, em sua
maior parte, é voltada ao mercado
consumidor interno.
O Estado de São Paulo, sozinho,
é responsável por 40% da demanda nacional de vergalhões. A siderúrgica também será fornecedora
das regiões Sul e Centro-Oeste.
Esses Estados, somados a São
Paulo, consomem 1,4 milhão de
toneladas de vergalhões por ano.
A Gerdau possui unidades no
Brasil, Canadá, Chile, Uruguai na
Argentina e Colômbia, e nos Estados Unidos, além de parcerias na
América do Norte e na Espanha.
Do faturamento de R$ 25,5 bilhões, R$ 13,2 bilhões vieram de
atividades no Brasil, R$ 10,8 bilhões da América do Norte e R$
1,5 bilhão da América do Sul.
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