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Site de jornal concentra leitores na internet
Versões digitais de periódicos conceituados atraem a maior fatia do público, diz pesquisa
Segundo estudo do Pew
Research Center, de 4.600 sites acompanhados, os 7% principais acumulam 80% do tráfego de visitantes
LUCIANA COELHO
DE GENEBRA
Novo relatório sobre a mídia
noticiosa nos EUA lançado pelo
Pew Research Center mostra
que, embora a circulação dos
jornais caia naquele país e a dos
sites suba, são as versões on-line de jornais de reputação consolidada e outros veículos noticiosos igualmente enraizados
(como TVs e rádio) que atraem
a maior fatia de leitores.
"A audiência está migrando
on-line quase sempre para veículos tradicionais, embora os
anunciantes não a estejam seguindo", diz Tom Rosenstiel,
diretor do Projeto para a Excelência no Jornalismo do Pew.
Rosenstiel falou em um debate na semana passada em
Washington, reproduzido no
site do Pew, sobre o relatório
"O Estado da Mídia em 2009"
-700 páginas sobre os rumos e
as tendências do setor com base em pesquisas de opinião do
instituto Nielsen e análises.
Segundo o estudo, dos 4.600
sites noticiosos que o Nielsen
acompanha, os 7% principais
acumulam 80% do tráfego. São
199 sites com mais de 500 mil
visitas por mês, 67% dos quais
são considerados veículos tradicionais de mídia -96 deles,
ou 48%, são de jornais.
Outros 13% são os chamados
agregadores de notícias, como
o Google News, cujo estofo é
também o conteúdo de jornais
e agências de notícias bem estabelecidos -o que, por sinal, é
objeto de contestações legais
nos EUA, na Europa e na América Latina. Apenas 14% dos sites noticiosos com grande leitorado nasceram na internet.
O Pew conclui ainda que o
leitor se atém mais aos veículos
tradicionais: uma visita média a
um site noticioso dura três minutos e quatro segundos, mas
num site como o do jornal
"New York Times", por exemplo, o leitor gasta um minuto
mais do que em um agregador.
O mesmo ecoa em blogs e sites de relacionamento, em que
links de notícias são frequentemente postados. Segundo o estudo, "quase 80% deles são da
mídia tradicional dos EUA".
Isso não significa que o cenário esteja róseo para os jornais
americanos. No período de 12
meses até setembro de 2009, a
circulação de jornais nos EUA
encolheu 10,6%. A receita caiu
26% em média -há uma migração de anunciantes, embora a
eficácia dos anúncios on-line
seja discutível, argumenta o
Pew, citando que 35% de seus
entrevistados nunca clicaram
em um deles.
Mas indica que, passada uma
década da consolidação do on-line, não há colapso da indústria, como alguns cenários apocalípticos anteviram. O que há
é uma expansão e uma multiplicação do formato e das plataformas em que o conteúdo produzido por um veículo é oferecido e que deve tomar mais fôlego com acessórios de leitura
digital como o Kindle e o iPad.
"Os jornais não estão desaparecendo aos baldes", afirma o
estudo. "Apenas meia dúzia
saiu do negócio ou abandonou
a publicação impressa em
2009, a maioria dos quais era o
número 2 em sua região."
Leia o relatório (em inglês) http://www.stateofthemedia.org/2010/index.php
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