São Paulo, sábado, 10 de abril de 2010 |
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Vaivém das commodities MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br SITUAÇÃO DIFÍCIL O momento não é bom para os produtores agrícolas. Os preços caem e os custos sobem. Além disso, cada vez mais eles se veem apertados pelas legislações ambiental e de sanidade animal. Para complicar, a ajuda financeira diminui cada vez mais. SAINDO FORA O cenário poderia ser o do Brasil, mas não é. Esses obstáculos à produção foram reveladas por uma pesquisa da FNSEA, federação de sindicatos do setor agrícola da França. Em vista de tantos problemas, a pesquisa mostrou que 13% devem abandonar a atividade nos próximos 12 meses. PORQUE SAEM Feita em março com 1.502 produtores, a pesquisa mostrou que 62% deixam a atividade porque estão com dificuldades financeiras; 26% preferem se aposentar e 3% querem mudar de ramo. O restante alega vários outros motivos, inclusive problemas de saúde. MAIS ESTOQUES O Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) divulgou ontem os dados finais da safra 2009/10. Como ocorre todos os anos, ainda podem ser feitos alguns pequenos ajustes. Os dados mostram uma acelerada recuperação de estoques. REFLEXO NOS PREÇOS Elevação de consumo e redução de oferta, devido a secas, trouxeram os estoques para níveis muito baixos há dois anos. A soja teve os estoques mundiais reduzidos perigosamente para 42,8 milhões de toneladas em 2008/9. A supersafra mundial deste ano permitirá estoques finais de 60,7 milhões em 2009/10, um volume recorde. APETITE CHINÊS Os dados finais do Usda mostram também aumento das importações de soja pela China: 43,5 milhões de toneladas. As safras da Argentina e do Brasil foram elevadas para 54 milhões e 67,5 milhões de toneladas, respectivamente. MENOS BOI A oferta menor de boi pronto para abate empurrou os preços para cima nesta semana. Pesquisa da Folha registrou valor médio de R$ 79,75 por arroba, com pagamento de até R$ 81 em algumas regiões. A alta no mês é de 4,6%. CRÉDITO DO MÊS A Conab terá R$ 371 milhões para aquisições (AGF) e contratos de opções de trigo, milho, feijão e café neste mês. SUBSTITUIÇÃO A quebra de safra em alguns países forçou algumas indústrias a buscar café arábica no Brasil. Essas indústrias vão verificar a qualidade do produto brasileiro e não retornarão facilmente aos fornecedores habituais. A avaliação é dos analistas do Escritório Carvalhaes. Texto Anterior: Bolsa fecha em baixa após encostar nos 72 mil pontos Próximo Texto: Emprego e horas extras crescem nas indústrias Índice |
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