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INDICADORES
IBGE registra crescimento de 8% sobre primeiro trimestre de 99; a recuperação em 12 meses passa para 1,9%
Indústria confirma a tendência de reação
DA SUCURSAL DO RIO
A produção industrial brasileira cresceu 8,0% no primeiro trimestre de 2000, em comparação
com o mesmo período do ano
passado. Em relação ao último trimestre de 1999, o desempenho da
indústria aumentou 1,5%. Os dados foram divulgados ontem, no
Rio, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A pesquisa mostra que em março deste ano, em comparação a
março do ano passado, o aumento da produção industrial foi de
3,9%. No acumulado dos últimos
12 meses, observa-se também um
crescimento: de 1,4%, em fevereiro para 1,9% em março.
Pelo critério de ajuste sazonal
-descontando os picos de alta e
queda típicos de cada mês-, a
pesquisa aponta uma queda de
5,3% na produção industrial de
março, em relação a fevereiro.
A queda se explica pelo fato de
que o Carnaval, este ano, ocorreu
em março e não em fevereiro. Nos
últimos 16 anos, o Carnaval somente foi comemorado no mês
março em 1987, 1991 e 2000.
Na avaliação do chefe do Departamento de Indústria do IBGE,
Sílvio Sales, os números do trimestre revelam um movimento
de recuperação da atividade industrial, iniciado nos últimos meses de 1999.
A indústria de transformação
-que abrange mais de 90% da
indústria geral- registrou crescimento pelo segundo trimestre
consecutivo, acumulando um aumento de 5,5% (sobre jul/set de
99). Desde meados de 1997, a indústria não crescia por dois trimestres consecutivos.
"Esses dados reforçam a possibilidade de recuperação da produção industrial ao longo do
ano", afirmou Sílvio Sales.
O setor que registrou a maior alta no primeiro trimestre do ano
foi o de material de transporte
(18,5%), ficando bem acima do
crescimento da média da produção industrial (8,0%). Esse desempenho foi apoiado pelos aumentos da produção automotiva
(28,%) e do segmento de autopeças (16,2%).
Também apresentaram crescimento acima da média as demais
indústrias que integram o complexo metal-mecânico, que são os
setores metalúrgico (11,6%), mecânico (12,8%) e de material elétrico e comunicações (11,7%).
A maior queda foi observada no
setor de fumo (-22,2%). De acordo com Sílvio Sales, a redução está
associada à oscilação da safra.
O Sindifumo (Sindicato das Indústrias do Fumo) confirmou que
houve um atraso na comercialização da safra 1999/2000. O motivo
foi a estiagem que atingiu, em janeiro, toda a região Sul do país
-que responde por 93% da produção nacional de fumo-, acelerando o amadurecimento do produto e obrigando os produtores a
antecipar a colheita.
A pesquisa do IBGE destaca ainda a queda, no primeiro trimestre,
das indústrias farmacêutica (-7,5%) e de matérias plásticas (-5,5%). O desempenho do setor
farmacêutico se deve à queda na
fabricação de antibióticos e de
analgésicos. No setor de matérias
plásticas, o maior impacto negativo está relacionado à produção de
canos e tubos de material plástico.
Considerando a categoria de
uso dos indicadores, os segmentos com as maiores altas no acumulado do ano foram os de bens
de consumo duráveis (21,6%) e de
bens de capital (9,4%).
Além do setor automobilístico,
o crescimento no segmento de
bens de consumo duráveis foi puxado pelo comportamento positivo na produção de eletrodomésticos (24,8%). Na área de bens de
capital, mais subsetores cresceram acima da média.
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