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Siderúrgicas terão de mudar forma de preços
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A SDE (Secretaria de Direito
Econômico) determinou ontem
que as empresas de siderurgia
Gerdau, Belgo Mineira e Barra
Mansa parem imediatamente de
adotar supostas práticas de uniformização de preços e condições
de venda de vergalhões de aço,
sob pena de multa diária de
R$ 106 mil por empresa. A partir
de agora, elas terão de informar
ao governo seus reajustes de preços desse produto.
As três empresas foram denunciadas por sindicatos da construção civil e de imobiliárias de São
Paulo por provável formação de
cartel. Elas supostamente combinariam preços para venda dos
vergalhões de aço, impedindo a
concorrência no setor.
Em despacho publicado no
"Diário Oficial" da União de ontem, o secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, obrigou as três empresas a informarem ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) datas e percentuais de reajustes que
venham a ser promovidos nos
preços dos produtos.
A SDE também impediu as empresas de veicularem tabela ou
outras modalidades de divulgação de reajustes de preço, afirmando que isso poderia facilitar a
atuação do suposto cartel. As determinações valem até que o caso
seja julgado pelo Cade.
As siderúrgicas Belgo Mineira e
Gerdau afirmaram ontem por
meio das suas assessorias de imprensa que primeiro vão tomar
conhecimento da decisão da Secretaria de Direito Econômico para falarem sobre o caso.
"O grupo Gerdau está avaliando
os termos da medida preventiva e
deverá ter uma posição nos próximos dias", informou a empresa,
com sede no Rio Grande do Sul.
"A Belgo ainda está avaliando a
determinação", disse a siderúrgica mineira.
A assessoria do grupo Votorantim informou que o diretor da
área estava viajando.
Colaborou Paulo Peixoto,
da Agência Folha, em Belo Horizonte
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