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MERCADO FINANCEIRO
Queda da Bovespa foi de 0,56%; taxas em baixa na BM&F mostram expectativa de corte de juros
Bolsa devolve parte de ganho acumulado
DA REPORTAGEM LOCAL
Em pregão apático, a Bolsa paulista devolveu parte do ganho de
3,7% acumulado na semana passada. A Bovespa fechou ontem
com baixa de 0,56%.
Sem nenhuma novidade que
animasse os investidores, o pregão movimentou apenas R$ 518
milhões. A média diária de negócios na última semana ficou em
R$ 817 milhões.
A queda de 1,1% do papel mais
negociado, o PN da Telemar, não
permitiu que a Bolsa de Valores
de São Paulo reagisse. O papel da
empresa de telefonia concentrou
23,6% do giro do dia. A maior
queda do dia ficou com o papel
preferencial "A" da Telemar Norte Leste, que perdeu 4,8%.
Juros em baixa
A aposta cada vez mais forte dos
investidores em um corte nos juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) fez os contratos DI (que considera as taxas praticadas em negócios entre bancos) recuarem
novamente. A deflação de 0,47%
registrada na primeira prévia do
IGP-M deste mês reforçou a expectativa de redução da Selic.
O contrato DI que vence em julho, que melhor reflete a expectativa do mercado em relação à próxima decisão do Copom, fechou
ontem com taxa de 25,98% ao
ano, bem abaixo da atual Selic
(26,5% anuais).
No mercado de câmbio, o dólar
fechou com pequena baixa de
0,49%, vendido a R$ 2,865.
"A expectativa de entrada de recursos decorrentes de captações
segue concentrando a atenção
dos investidores. Sem nenhuma
notícia negativa forte, o dólar acabou recuando mais um pouco",
afirma Carlos Alberto Abdalla, diretor da corretora Souza Barros.
As captações de empresas e instituições financeiras no mercado
internacional, resultantes da
emissão de bônus em euros e em
dólares, já somam US$ 7,5 bilhões
no ano. Esses recursos, quando
entram no país, passam pelo mercado cambial, aumentando a
oferta de moeda e diminuindo a
pressão sobre a cotação do dólar.
Ontem não houve destaques de
compra de moeda por parte do
Banco do Brasil, como na sexta-feira passada. Para operadores do
mercado de câmbio, um dos intuitos do BB ao comprar dólares é
evitar que o preço da moeda recue
abaixo de um nível que o governo
considera ruim para a balança comercial.
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