DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A recompra de títulos do Tesouro faz parte de uma estratégia adotada pelo governo nos últimos anos de aproveitar condições mais favoráveis do mercado internacional para reduzir a dívida externa.
Em dezembro de 2002, segundo dados do Banco Central, a dívida externa do setor público era de US$ 110,3 bilhões. Em abril deste ano, havia caído para US$ 76,1 bilhões.
Boa parte dessa diminuição se deve ao pagamento antecipado da dívida do Brasil com o FMI, que totalizou US$ 15,5 bilhões e foi efetuado no final do ano passado.
O governo também antecipou o resgate de seus "bradies", nome dos títulos emitidos após a renegociação da dívida externa iniciada com a moratória da década de 1980. Isso reduziu a dívida em US$ 6,6 bilhões.
No começo deste ano, o Tesouro também começou a resgatar antes do vencimento títulos de prazo mais curto, que venceriam até 2010. Dos US$ 20 bilhões desses papéis em circulação, US$ 11,7 bilhões já haviam sido resgatados até o mês passado.
A redução da dívida ajuda a diminuir a vulnerabilidade externa do país, pois significa gastos menores com juros -e, conseqüentemente, menores remessas de dólares ao exterior. Em 2002, por exemplo, a dívida externa total do Brasil -incluindo governo e setor privado- equivaliam a 3,5 anos de exportações. Em 2005, a proporção estava em 1,3.


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