São Paulo, Quinta-feira, 10 de Junho de 1999
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PREÇOS
IGP-M já vê deflação de junho menor

da Sucursal do Rio

A primeira prévia da inflação de junho, medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) da FGV (Fundação Getúlio Vargas), foi de -0,07%. Esse índice tem por base dados coletados nos últimos dez dias de maio.
No mês passado, quando o IGP-M registrou deflação de -0,29%, a primeira prévia havia registrado -0,05%.
A prévia divulgada ontem pela FGV indica que a deflação está recuando e que o mês de junho pode registrar um repique inflacionário. As tarifas de energia, que devem subir em até 21%, conforme autorizou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) ontem, devem ser as principais responsáveis pela alta da taxa em junho.
O que mais influenciou no resultado negativo preliminar de junho foi a baixa no IPA (Índice de Preços ao Atacado), que fechou em -0,27%, devido a reduções nos preços da cana-de-açúcar (-4,96%), da laranja (-14,48%), da mandioca (-8,71%) e do feijão (-7,57%). O IPA pesa 60% no cálculo do IGP-M.
Os outros dois índices que compõem o índice geral, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e o INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), foram positivos: 0,02% e 0,73%, respectivamente.
A FGV constatou que a alta dos preços dos hotéis (12,44%), dos planos de seguro saúde (1,26%) e de calças compridas masculinas (8,75%) pressionou o IPC para cima.
Já o INCC sofreu pressão do custo dos ajudantes especializados (1,68%).
Com exceção do IPC, cujo universo é composto de famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos, no Rio de Janeiro e em São Paulo, os demais índices cobrem todo o país.
A segunda prévia do IGP-M de junho sairá no dia 17, e o índice final, no dia 29.
Segundo o Centro de Estudos de Preços da FGV, a divulgação das prévias permite acompanhar o comportamento dos preços e facilita a formação de expectativas para o índice final.
A fundação alerta, no entanto, que as projeções não podem ser automáticas, uma vez que a coleta de preços não é uniforme ao longo do mês.


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