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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Não há crise na Previdência, diz estudo
Não há crise financeira na
Previdência Social. Os números utilizados para avaliar a situação financeira da Previdência são alarmistas. O que tem sido chamado de déficit da Previdência é o saldo previdenciário
negativo -a soma de receitas
das contribuições ao INSS sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho deduzida dos benefícios previdenciários do Regime Geral de Previdência Social.
As afirmações são resultado
de estudos realizados pela professora do Instituto de Economia da UFRJ Denise Gentil.
Segundo ela, o cálculo do que
é divulgado como déficit não leva em consideração todas as receitas que devem ser alocadas
para a Previdência Social, de
acordo com a Constituição Federal de 1988. "Deixa-se de
computar recursos significativos provenientes da Cofins,
CPMF, CSLL e receita de concursos de prognóstico", afirma
Gentil no estudo.
"Se computada a totalidade
das fontes de recursos que cabem à Previdência conforme
disposto na Carta Magna e deduzida a despesa total, inclusive com pessoal, custeio, dívida
do setor e gastos não-previdenciários, o resultado apurado será um superávit de R$ 921 milhões em 2005 e de R$ 1,2 bilhão em 2006." (Veja tabela).
A pesquisa também questiona o destino reservado aos recursos excedentes pelo governo federal. A primeira conclusão é que são livremente empregados no Orçamento fiscal.
Outro destino é o pagamento
de aposentadorias e pensões do
RPPS (regime próprio de previdência do servidor público), o
que não seria legítimo, de acordo com a Constituição Federal.
Há ainda uma outra parte, de
acordo com Gentil, significativa, que é desviada do Orçamento, mas não recebe nenhum tipo de aplicação que possa ser
identificada pelos relatórios de
execução orçamentária, "o que
quer dizer que podem ter sido
retidos em depósitos do Tesouro Nacional no Banco Central".
NA LINHA DE PRODUÇÃO
A Bonagura, empresa especializada em BPO (Business
Process Outsourcing) -que adota uma estrutura da linha de
produção de fábrica para realizar atividades operacionais de
companhias clientes- prepara-se para entrar em novas
áreas. Ela vai lançar um fundo de investimento, e passará a
operar com "global sourcing", ou seja, vai reunir sua carteira
de clientes para reduzir o custo das compras. "A compra de
papel para as 612 clientes ficará mais barata do que se elas
fossem comprar individualmente, por exemplo", afirma
Márcio Bonagura, diretor-geral da empresa. A Bonagura
também passará a operar o BPO em áreas de câmbio, importação e exportação.
CONTROLE NA BALADA
Há três anos no mercado, a OZ Technology acaba de
lançar no Brasil o E-POC Events, solução integrada na base operacional Linux que oferece controle administrativo, rastreamento das operações e segurança para festas com
número de convidados entre mil e 10 mil pessoas. Segundo o presidente Fabio Nardelli, "é possível reduzir 25% das perdas em cada evento".
ENERGIA
O ReLuz, programa da
Eletrobrás/Procel, chegou
ao fim do semestre com 2
milhões de pontos de luz
mais eficientes. Desde que
começou, em 2000, já foram
investidos R$ 387 milhões
no programa, o que ocasionou a economia de 713.000
MWh ao ano, o suficiente
para abastecer 418 mil residências. A meta é tornar
mais eficientes 5 milhões de
pontos de luz até 2010.
NOVA USINA
Com investimento inicial
de R$ 250 milhões, começam em setembro as obras
da usina do Pontal do Paranapanema (São Paulo). O
empreendimento terá capacidade total de moagem de
4,5 milhões de toneladas de
cana e deverá criar 4.000
empregos diretos e indiretos
na região.
SINTONIA FINA
Em sua primeira entrevista exclusiva, concedida à revista "Indústria Brasileira",
da CNI, o presidente do
BNDES, Luciano Coutinho,
colocou como principal meta da instituição recuperar a
importância da indústria na
economia. Nos anos 1980, a
área chegou a responder por
35% do PIB. Hoje, o percentual está em 18%. Para ele, o
governo vive um momento
especial pelo fato de os ministérios do Desenvolvimento, da Fazenda, da Ciência e Tecnologia e o BNDES,
que tanto se digladiaram entre "monetaristas" e "desenvolvimentistas", agora estarem afinados: "Há um alinhamento de propósitos entre esses ministérios e o
BNDES". Ele afirmou ainda
que dois segmentos são as
meninas dos olhos do banco:
farmoquímico e tecnologia
da informação.
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