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FMI traça cenário pessimista para crescimento global até 2009
DA REUTERS
O diretor-gerente do FMI
(Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn,
afirmou ontem ser difícil saber
até onde vai a atual crise financeira global.
"A certeza é que as conseqüências da crise para o setor
real ainda estão a nossa frente",
afirmou Strauss-Kahn, acrescentando que o FMI também
está razoavelmente pessimista
com as perspectivas para o
crescimento global em 2008 e
especialmente em 2009.
O diretor-gerente do FMI
afirmou ainda que a inflação, já
descontrolada em alguns países, preocupa mais do que a desaceleração do crescimento.
"Nos países desenvolvidos,
os bancos centrais levaram [a
inflação] em conta e têm a política monetária correta. Nos
países emergentes e em alguns
países de baixa renda, a inflação
está fora do controle. Isso significa que a política monetária
provavelmente terá de ser endurecida nos próximas meses."
Sobre a desvalorização da
moeda norte-americana, o
francês avalia que a cotação do
dólar está próxima de estabilizar-se no médio prazo diante
de uma cesta de moedas das
Américas. "O euro está ligeiramente valorizado, enquanto
outras moedas, como o renminbi [como o yuan também é
conhecido na China], estão obviamente subvalorizadas".
China
Strauss-Kahn dirigiu novas
críticas à política cambial chinesa. As relações entre a China
e o FMI estão abaladas desde
que o fundo adotou novas regras para avaliar se um país administra sua taxa de câmbio
com o intuito de estimular artificialmente suas exportações.
"Tenho dito que o renminbi
estava significativamente desvalorizado, e a direção [do
FMI] fará seus próprios comentários em até sete semanas", disse o diretor-gerente.
O yuan subiu mais de 20%
frente ao dólar desde que o governo chinês abandonou o sistema de bandas cambiais, em
julho de 2005.
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