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Cade aprova compra da Ipiranga pela Petrobras
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)
aprovou ontem oito operações
que resultam na reestruturação do setor petroquímico brasileiro. Os negócios envolvem a
compra das refinarias e ativos
petroquímicos da Ipiranga pelo
consórcio formado por Petrobras, Braskem e Ultra.
Com a aprovação, o setor petroquímico passa a ser controlado por apenas dois grupos:
Braskem e Quator, nos quais a
Petrobras atua como acionista
minoritária, mas relevante.
No negócio, a Petrobras comprou a Suzano Petroquímica, o
que foi seguido pela reestruturação do pólo petroquímico do
Sudeste, que passou a ser chamado de Quator. As operações
também implicam a saída da
Dow do Brasil, com a venda de
seus ativos para a Unipar.
Para permitir a realização
dos negócios, o Cade fez restrições pouco significativas. No
caso da venda da Ipiranga, os
conselheiros apenas determinaram que as chamadas cláusulas de não-concorrência firmadas entre as empresas passem a
ser menos abrangentes.
De acordo com os termos definidos pelas empresas, a Ipiranga assumia o compromisso
de não voltar ao mercado como
concorrente nos setores envolvidos, em âmbito nacional e pelos próximos cinco anos. O Cade decidiu limitar essa restrição só ao mercado geográfico
em que a Ipiranga atuava (Sul e
Sudeste).
No julgamento, o Cade não
apreciou a aquisição dos postos
de combustíveis da Ipiranga
pelo consórcio Petrobras/Ultra/Braskem. Essa parte da
operação deverá ser votada pelo conselho somente depois de
agosto, quando o Cade já estará
com sua nova composição.
Bovespa-BM&F
Na sessão de ontem, os conselheiros também aprovaram
ontem a fusão da BM&F com a
Bolsa de Valores de São Paulo,
na chamada Nova Bolsa S.A.
A fusão cria a terceira maior
Bolsa do mundo -atrás da Bolsa de Frankfurt (Alemanha) e
da Chicago Mercantile (EUA)-
e a segunda maior Bolsa das
Américas.
As empresas protocolaram,
no último dia 4, pedido de registro de companhia aberta na
CVM (Comissão de Valores
Mobiliários). Após essa resposta, as ações das duas poderão
ser unificadas no mercado financeiro.
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