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Afetada por bancos, Bolsa de NY cai 2%
DA REPORTAGEM LOCAL
As Bolsas norte-americanas
resistiram durante boa parte
do dia, mas encerraram o pregão em forte queda. Em Wall
Street, o índice Dow Jones terminou com perdas de 2,08%. A
Nasdaq caiu 2,60%.
As operações começaram
com os investidores preocupados com a ameaça do petróleo
de retomar a rota de alta. O barril chegou a subir, movido por
tensões geopolíticas ligadas ao
Irã. Houve também a divulgação de que os estoques de petróleo dos EUA encolheram
acima do esperado.
Mas o barril do produto acabou por encerrar quase estável
em Nova York, a US$ 136,05.
A piora sentida pelo mercado
acionário, que se aprofundou
na última hora de pregão, teve
no setor financeiro seu vilão.
As ações de grandes instituições financeiras tiveram resultados negativos ontem: Merrill
Lynch recuou 9,25%, seguida
de Morgan Stanley (-6,85%),
Bank of America (-6,29%) e Citigroup (-5,46%).
Analistas e investidores estão cada vez mais pessimistas
em relação ao próximo balanço
trimestral que os bancos irão
apresentar. Ontem, a Fitch Rating afirmou que pode vir a reduzir a nota de crédito do Merrill Lynch devido a possíveis
novas baixas contábeis, além de
perspectiva de menor lucro.
A avaliação do Credit Suisse,
de que aproximadamente 40%
dos 50 maiores bancos americanos vão ter de reduzir o pagamento de dividendos ou levantar capital, desagradou ao mercado. Além disso, a instituição
diminui sua projeção de lucro
para o setor neste ano em 17%.
As financeiras hipotecárias
americanas Freddie Mac e
Fannie Mae, abaladas pela crise
de crédito, viram suas ações recuarem ontem -23,77% e
13,11%, respectivamente.
Para piorar o clima, John
Chambers, da Cisco Systems,
afirmou que os clientes da empresa não estão otimistas com o
atual cenário e prevêem uma
recuperação na economia americana apenas em 2009. As
ações da empresa de tecnologia
caíram 5,68% em Wall Street.
No Brasil, não houve pregão
na Bolsa, em razão de feriado
em São Paulo.
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