São Paulo, Sábado, 10 de Julho de 1999
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FUTEBOL S/A
Time depende das receitas de patrocínio
Crise da Unicór pode prejudicar o Santos

FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos

O Santos Futebol Clube, time do ex-jogador Pelé, está ameaçado de perder uma receita anual de pelo menos R$ 1,5 milhão caso se aprofunde a crise financeira da Saúde Unicór, empresa que patrocina o clube.
Devido às dívidas contraídas para a construção do Hospital Duprat, no bairro do Morumbi (classe alta), em São Paulo, a Unicór paralisou pagamentos de médicos, hospitais, clínicas e laboratórios credenciados, deixando associados sem atendimento médico e hospitalar.
No mês passado, a Unicór esteve ameaçada por um pedido de falência, mas quitou o débito.
Patrocinado pela Unicór desde 95, o Santos também sofreu neste ano com os problemas de falta de pagamento, embora a parceria com a empresa não esteja entre as maiores fontes de receita do clube. As principais são cotas de televisão e as negociações de passes de jogadores.
No primeiro semestre, a Unicór já chegou a atrasar as cotas de patrocínio do Santos, de R$ 120 mil mensais, por quatro meses consecutivos. Além disso, também ocorreram atrasos no pagamento das parcelas dos salários do técnico Emerson Leão e do goleiro Zetti pelas quais a Unicór é responsável.
A empresa confirmou ontem, por intermédio de sua assessoria, que os atrasos nos pagamentos ao Santos de fato ocorreram, mas disse que o problema já está resolvido.
A parceria entre Santos e Unicór foi resultado das relações entre o presidente da empresa, o médico cardiologista Renato Duprat Filho, torcedor do time, e Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, atual coordenador do Departamento Amador e homem-forte da diretoria do clube.


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