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FUTEBOL S/A
Time depende das receitas de patrocínio
Crise da Unicór pode prejudicar o Santos
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
O Santos Futebol Clube, time
do ex-jogador Pelé, está ameaçado de perder uma receita anual
de pelo menos R$ 1,5 milhão caso se aprofunde a crise financeira
da Saúde Unicór, empresa que
patrocina o clube.
Devido às dívidas contraídas
para a construção do Hospital
Duprat, no bairro do Morumbi
(classe alta), em São Paulo, a
Unicór paralisou pagamentos de
médicos, hospitais, clínicas e laboratórios credenciados, deixando associados sem atendimento médico e hospitalar.
No mês passado, a Unicór esteve ameaçada por um pedido de
falência, mas quitou o débito.
Patrocinado pela Unicór desde
95, o Santos também sofreu neste ano com os problemas de falta
de pagamento, embora a parceria com a empresa não esteja entre as maiores fontes de receita
do clube. As principais são cotas
de televisão e as negociações de
passes de jogadores.
No primeiro semestre, a Unicór já chegou a atrasar as cotas
de patrocínio do Santos, de R$
120 mil mensais, por quatro meses consecutivos. Além disso,
também ocorreram atrasos no
pagamento das parcelas dos salários do técnico Emerson Leão e
do goleiro Zetti pelas quais a
Unicór é responsável.
A empresa confirmou ontem,
por intermédio de sua assessoria, que os atrasos nos pagamentos ao Santos de fato ocorreram,
mas disse que o problema já está
resolvido.
A parceria entre Santos e Unicór foi resultado das relações entre o presidente da empresa, o
médico cardiologista Renato
Duprat Filho, torcedor do time, e
Edson Arantes do Nascimento, o
Pelé, atual coordenador do Departamento Amador e homem-forte da diretoria do clube.
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