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BALANÇOS
Resultado da siderúrgica chega a R$ 1,14 bi no período, mas recua no segundo trimestre; Cade julga hoje ação contra a Vale
CSN amplia lucro em 50% no 1º semestre
DA REDAÇÃO
A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) registrou lucro de R$
1,136 bilhão no primeiro semestre, alta de 50,1% em relação ao
mesmo período no ano passado.
É o sexto maior resultado entre as
empresas que já divulgaram balanço até o momento. No segundo trimestre, o ganho foi de R$
419 milhões, queda de 41,6% ante
os R$ 717 milhões registrados nos
primeiros três meses de 2005.
As vendas em volume recuaram
no segundo trimestre, assim como os preços no mercado interno, o que afetou o resultado. No
ano, o volume vendido acumula
queda de 6%.
Cade
Hoje, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)
julga disputa entre a CVRD
(Companhia Vale do Rio Doce) e
a CSN, em um dos mais importantes casos de sua história.
Maior produtora e exportadora
de minério de ferro do mundo, a
CVRD é acusada pela CSN de monopolizar o setor no Brasil, com
prejuízo para as siderúrgicas, que
dependem da matéria-prima para
a fabricação de aço.
A CVRD contra-ataca ao acusar
a CSN de oportunista. Segundo a
mineradora, a maior siderúrgica
do Brasil quer aproveitar a alta de
preços do minério de ferro no
mercado internacional para se
tornar exportadora do produto.
No centro da disputa estão a mina Casa de Pedra, da CSN, as ferrovias MRS Logística e EFVM e
portos de exportação de minério
de ferro. Os conselheiros do Cade
terão de decidir se a presença da
CVRD nesses três segmentos é excessiva a ponto de prejudicar seus
clientes, que são as siderúrgicas.
O aumento da presença da
CVRD nesse mercado decorre da
aquisição de quatro mineradoras
em 2000 e 2001, todas localizadas
no sudeste do país.
O Cade também decidirá se o
controle da CVRD sobre a MRS e
a EFVM pode prejudicar as siderúrgicas e outras mineradoras
que dependem das ferrovias para
exportação de seus produtos.
A Vale é dona da EFVM e teve
sua participação na MRS elevada
de 20% para 37% depois da compra de mineradoras que eram
acionistas da ferrovia. O restante
do controle acionário da MRS está nas mãos de siderúrgicas, entre
as quais a CSN.
Colaborou a Reportagem Local
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