São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 2005

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BALANÇOS

Resultado da siderúrgica chega a R$ 1,14 bi no período, mas recua no segundo trimestre; Cade julga hoje ação contra a Vale

CSN amplia lucro em 50% no 1º semestre

DA REDAÇÃO

A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) registrou lucro de R$ 1,136 bilhão no primeiro semestre, alta de 50,1% em relação ao mesmo período no ano passado. É o sexto maior resultado entre as empresas que já divulgaram balanço até o momento. No segundo trimestre, o ganho foi de R$ 419 milhões, queda de 41,6% ante os R$ 717 milhões registrados nos primeiros três meses de 2005.
As vendas em volume recuaram no segundo trimestre, assim como os preços no mercado interno, o que afetou o resultado. No ano, o volume vendido acumula queda de 6%.

Cade
Hoje, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) julga disputa entre a CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) e a CSN, em um dos mais importantes casos de sua história.
Maior produtora e exportadora de minério de ferro do mundo, a CVRD é acusada pela CSN de monopolizar o setor no Brasil, com prejuízo para as siderúrgicas, que dependem da matéria-prima para a fabricação de aço.
A CVRD contra-ataca ao acusar a CSN de oportunista. Segundo a mineradora, a maior siderúrgica do Brasil quer aproveitar a alta de preços do minério de ferro no mercado internacional para se tornar exportadora do produto.
No centro da disputa estão a mina Casa de Pedra, da CSN, as ferrovias MRS Logística e EFVM e portos de exportação de minério de ferro. Os conselheiros do Cade terão de decidir se a presença da CVRD nesses três segmentos é excessiva a ponto de prejudicar seus clientes, que são as siderúrgicas.
O aumento da presença da CVRD nesse mercado decorre da aquisição de quatro mineradoras em 2000 e 2001, todas localizadas no sudeste do país.
O Cade também decidirá se o controle da CVRD sobre a MRS e a EFVM pode prejudicar as siderúrgicas e outras mineradoras que dependem das ferrovias para exportação de seus produtos.
A Vale é dona da EFVM e teve sua participação na MRS elevada de 20% para 37% depois da compra de mineradoras que eram acionistas da ferrovia. O restante do controle acionário da MRS está nas mãos de siderúrgicas, entre as quais a CSN.


Colaborou a Reportagem Local

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