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Infraero redistribuirá espaços da Varig
A medida, em caráter temporário, visa diminuir filas em 12 aeroportos brasileiros, atendendo à determinação da Anac
Estatal espera que em 24 horas serviço melhore; no RS, procurador analisa impacto da venda da Varig
na Fundação Ruben Berta
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) dará início a uma redistribuição emergencial dos
guichês de atendimento em 12
aeroportos do país. Um dos objetivos é diminuir as filas causadas pelo cancelamento de
vôos da Varig, nos últimos dois
meses. A estatal nega que esteja
adotando o modelo de guichês
flexíveis apenas por isso.
"A idéia é fazer [a redistribuição] em caráter emergencial e
provisório. Trazer um novo
conceito ao mercado brasileiro
de balcões flexíveis e rotativos
que vão atender a própria Varig", disse Rogério Barzelai, diretor de operações da Infraero.
Em reunião, sindicatos e empresas aéreas chegaram a um
acordo com a estatal, fixando
em 15 dias o prazo para revisões
da distribuição dos guichês. A
revisão não significa necessariamente mudanças nos guichês, mas apenas uma análise
sobre a eficiência da medida.
A Infraero deve apresentar
amanhã o plano ao juiz Luiz
Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do RJ, que cuida da
recuperação judicial da Varig.
Com o aval do magistrado,
Barzelai estima que em 24 horas já haverá melhorias para o
passageiro nos 12 aeroportos.
Segundo a Infraero, as mudanças ocorreriam em Porto
Alegre, Florianópolis, Curitiba,
Congonhas e Guarulhos (em
São Paulo), Galeão e Santos
Dummont (Rio de Janeiro),
Brasília, Vitória, Manaus, Foz
do Iguaçu (PR) e Confins (MG).
A Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) solicitou, na semana passada, o repasse de guichês da Varig para as concorrentes. O sistema de rodízio dos
postos de atendimento foi a saída jurídica encontrada pela estatal que administra os aeroportos, uma vez que, durante o
processo de recuperação, a Varig não pode perder os espaços
de forma definitiva.
Fundação Ruben Berta
O procurador de fundações
da Procuradoria Geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Antônio Carlos Avelar Bastos, informou ontem que avaliará, até o
final da semana, como ficou a
situação da FRB (Fundação
Ruben Berta), controladora da
Varig afastada da gestão pela
Justiça, depois que a aérea foi
comprada pela VarigLog.
Segundo Bastos, se a constatação for de que a FRB foi muito prejudicada no negócio, ele
pode pedir ressarcimento (para
a fundação) ou até mesmo a
anulação da venda. Conforme
foi aprovado em assembléia de
credores, as operações da Varig
foram vendidas, sem dívidas, à
VarigLog. O passivo da empresa, de mais de R$ 7 bilhões, ficou alocado na chamada "Varig
antiga", controlada pela FRB.
"Tenho acompanhado o problema dos funcionários, que foram demitidos sem pagamento, e da FRB, que também está
correndo risco de danos", disse
Bastos. "Vou analisar a situação
e até o final da semana devo ter
uma posição sobre o caso."
Segundo ele, como a FRB foi
afastada da gestão da companhia desde o final do ano passado, não pode ser responsabilizada pelas decisões que foram
tomadas desde então.
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