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Perdas podem se aproximar de US$ 100 bi
DA REPORTAGEM LOCAL
As perdas associadas ao
mercado "subprime" de financiamento imobiliário
norte-americano podem
chegar a US$ 100 bilhões, segundo avaliação feita pelo
presidente do Federal Reserve (BC dos EUA), Ben Bernanke, em depoimento no
Senado americano em julho.
Bernanke classificou a soma de "significativa" e disse
que as agências de crédito já
haviam iniciado o processo
de reduzir a classificação de
risco de alguns produtos associados a esse mercado.
"Subprime" são financiamentos dados a pessoas com
históricos de crédito ruim, o
que significa que são operações mais arriscadas.
Joel Bogdanski, consultor
de política monetária do
Banco Itaú, afirma que perdas de US$ 100 bilhões são
pequenas se comparadas ao
tamanho total do mercado
de crédito imobiliário dos
Estados Unidos.
No início deste ano, o volume de financiamentos imobiliários naquele país estava
em torno de US$ 10 trilhões.
O potencial prejuízo estimado por Bernanke, portanto,
equivaleria a 1% do total.
O problema é que a crise
no segmento "subprime" pode acentuar ainda mais a desaceleração nos setores imobiliário e de construção dos
Estados Unidos, que respondem por 23% do PIB.
A conseqüência seria uma
redução do ritmo de crescimento da economia.
A maioria dos analistas
acredita que a turbulência
está restrita ao setor de "subprime" dos Estados Unidos.
Se a percepção for correta,
alguns fundos devem quebrar e o mercado tende a voltar ao normal depois da elevação dos prêmios de risco
de crédito.
Nesse cenário, a situação
do Brasil é bastante confortável. As previsões de expansão do PIB são otimistas e o
país tem uma situação externa confortável, com superávit em conta corrente e reservas internacionais no valor de US$ 158 bilhões.
(CT)
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