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Eficiência ganha destaque no lugar da estabilidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos três últimos anos, os
premiados com o Nobel de
Economia foram escolhidos
por sua contribuição na área
de microeconomia. O último premiado pelos trabalhos orientados à macroeconomia foi o canadense Robert Mundell, em 1999.
Nos EUA e Europa, diz o
economista Ernani Hickmann, da FGV, e ex-professor da Universidade Columbia (EUA), as investigações
dos economistas estão concentradas nos problemas de
eficiência econômica -tratados pelo microeconomia.
"A análise microeconômica
é considerada por muitos
mais "científica" e tem recebido maior reconhecimento
pelos comitês que concedem
o Nobel", diz Hickmann.
No caso do Brasil, argumenta o professor, como
nos últimos 50 anos o principal problema era a inflação,
os economistas e o ensino de
economia acabaram concentrados nos problemas de
estabilidade econômica
(macroeconomia), e não nos
de eficiência econômica (microeconomia).
"Os estudos de Vernon
[Smith] sobre as consequências de diversos tipos de leilões poderiam ser considerados no processo de privatização de estatais", diz Hickmann. "Já os de Kahneman
poderiam explicar a grande
volatilidade de muitos mercados", completa.
(JAD)
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