São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 2002

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Eficiência ganha destaque no lugar da estabilidade

DA REPORTAGEM LOCAL

Nos três últimos anos, os premiados com o Nobel de Economia foram escolhidos por sua contribuição na área de microeconomia. O último premiado pelos trabalhos orientados à macroeconomia foi o canadense Robert Mundell, em 1999.
Nos EUA e Europa, diz o economista Ernani Hickmann, da FGV, e ex-professor da Universidade Columbia (EUA), as investigações dos economistas estão concentradas nos problemas de eficiência econômica -tratados pelo microeconomia. "A análise microeconômica é considerada por muitos mais "científica" e tem recebido maior reconhecimento pelos comitês que concedem o Nobel", diz Hickmann.
No caso do Brasil, argumenta o professor, como nos últimos 50 anos o principal problema era a inflação, os economistas e o ensino de economia acabaram concentrados nos problemas de estabilidade econômica (macroeconomia), e não nos de eficiência econômica (microeconomia).
"Os estudos de Vernon [Smith] sobre as consequências de diversos tipos de leilões poderiam ser considerados no processo de privatização de estatais", diz Hickmann. "Já os de Kahneman poderiam explicar a grande volatilidade de muitos mercados", completa. (JAD)


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