MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) está-se fortificando em um setor que, até então, estava vulnerável: o agronegócio.
O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues assumiu ontem o recém-criado Conselho Superior de Agronegócio. Os objetivos desse novo conselho são formular propostas para o setor do agronegócio e consolidar as cadeias produtivas, segundo Rodrigues.
Para Paulo Skaf, presidente da Fiesp, o conselho "será um entrosamento entre a agricultura e a agroindústria". Composto por 83 membros, o novo conselho engloba todos os setores produtivos -de flores a grãos-, incluindo cooperativas, indústrias e serviços.
Além do conselho, a Fiesp vai incrementar também o departamento de agronegócios da entidade. O conselho, mais estratégico, formula projetos. Já o comitê, mais operacional, transformará o assunto em propostas da instituição.
Rodrigues ressalta a importância da criação desse conselho porque o movimento de demanda mundial tanto de alimentos como de energia está crescendo e mudando. E esses dois setores são estratégicos para o país, que tem potencial ímpar neles, segundo o ex-ministro.
O conselho é o primeiro cargo que Rodrigues assume após a saída do Ministério da Agricultura. Sobre o futuro, o ex-ministro diz que só fala depois do período de quarentena, que acaba no início de novembro. Mesmo assim, adiantou que volta à vida acadêmica e que pretende montar um fundo de investimentos, inclusive com capital externo, voltado para o agronegócio. O enfoque principal será no setor de agroenergia.


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