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China nega investir
US$ 20 bi na Argentina
SILVANA ARANTES
DE BUENOS AIRES
O Brasil é a prioridade de investimentos da China na América
Latina, e os acordos comerciais do
país asiático com a Argentina não
chegarão a US$ 20 bilhões, como
divulgou extra-oficialmente o governo argentino.
Os esclarecimentos foram feitos
anteontem em Buenos Aires pelo
funcionário do governo chinês
Yang Yang, diretor do Escritório
de Informação do Conselho de
Estado da República da China.
"A China estabeleceu com o
Brasil uma associação estratégica
em diversos setores. No século 21,
esperamos poder construir sólidas e estáveis relações de cooperação com o Chile e a Argentina e
conservar nossa longa e tradicional amizade com Cuba", disse
Yang, ao jornal "La Nación".
Enviado para preparar a visita
de dois dias (16 e 17/11) do presidente chinês, Ju Hintao, à Argentina, Yang chegou a Buenos Aires
no domingo, quando os jornais
locais anunciavam em manchete
que haveria investimentos do país
asiático na Argentina da ordem
de US$ 20 bilhões, com destaque
para a área de energia.
Para pessoas próximas, o presidente Néstor Kirchner teria dito
que os acordos com a China seriam um divisor de águas na história do país.
Yang classificou a cifra de US$
20 bilhões de "exagerada" e "pouco razoável", embora tenha confirmado a intenção do governo
chinês de manter acordos bilaterais com a Argentina, nas áreas de
"pesquisa espacial e educação,
além de medidas para aumentar o
volume de intercâmbio econômico", como disse ao "Clarín".
Após as afirmações de Yang, o
chefe-de-gabinete de Kirchner,
ministro Alberto Fernández, disse
em entrevista na TV que os acordos estão em estudo e que ainda
não é possível falar em números
nem prazos concretos.
O vaivém de versões sobre
eventuais investimentos da China
na Argentina foi apontado como
causa da queda de 2,13% na Bolsa
Merval, registrada ontem.
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