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São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 2003

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QUEDA LIVRE

Variação anual foi de 1,31% entre 1995 e 2002, abaixo do crescimento médio da economia do país, de 2,3%

Investimento cresceu menos com FHC

DA SUCURSAL DO RIO

Os novos números do PIB de 2002 divulgados ontem mostram que, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a taxa média anual de crescimento dos investimentos foi de apenas 1,31%, quase um ponto percentual menor do que o já baixo crescimento da economia (2,3%).
Em 2002, os investimentos caíram 4,2% em relação ao ano anterior e, no período de 1995 a 2002, o crescimento acumulado foi de apenas 11%. O principal problema provocado pelo aumento pequeno dos investimentos é que ele cria gargalos ao crescimento econômico dos anos seguintes.
De acordo com o IBGE, o fraco desempenho dos investimentos (formação bruta de capital fixo, na linguagem técnica) nos últimos oito anos foi, principalmente, uma consequência de sucessivos resultados ruins do setor de construção, cujo crescimento acumulado no período foi de apenas 8,7%.
No conceito das contas nacionais, os investimentos são formados, basicamente, pela construção mais a compra de máquinas e equipamentos. Embora tenha caído 6,6% no ano passado, contra uma queda de 2,9% da construção, o setor de máquinas e equipamentos cresceu 14,4% no período de 1995 a 2002, quase seis pontos percentuais a mais do que a construção.
Os números do IBGE revelam também que a participação das máquinas e equipamentos nacionais nos investimentos do ano passado cresceu, em relação aos importados, na comparação com o ano anterior.
Em 2001, as máquinas nacionais somaram 68,3% do total, contra 31,7% das importadas. No ano passado a produção nacional contribuiu com 72,7%, contra 27,3% das importações.
De acordo com o IBGE, o fraco desempenho dos investimentos foi um importante freio ao crescimento do PIB no governo FHC, enquanto as exportações de bens e serviços, com crescimento acumulado de 64,8% (média de 6,44% ao ano), foram a principal contribuição positiva.


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