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QUEDA LIVRE
Variação anual foi de 1,31% entre 1995 e 2002, abaixo do crescimento médio da economia do país, de 2,3%
Investimento cresceu menos com FHC
DA SUCURSAL DO RIO
Os novos números do PIB de
2002 divulgados ontem mostram
que, no governo do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, a
taxa média anual de crescimento
dos investimentos foi de apenas
1,31%, quase um ponto percentual menor do que o já baixo crescimento da economia (2,3%).
Em 2002, os investimentos caíram 4,2% em relação ao ano anterior e, no período de 1995 a 2002, o
crescimento acumulado foi de
apenas 11%. O principal problema provocado pelo aumento pequeno dos investimentos é que ele
cria gargalos ao crescimento econômico dos anos seguintes.
De acordo com o IBGE, o fraco
desempenho dos investimentos
(formação bruta de capital fixo,
na linguagem técnica) nos últimos oito anos foi, principalmente, uma consequência de sucessivos resultados ruins do setor de
construção, cujo crescimento
acumulado no período foi de apenas 8,7%.
No conceito das contas nacionais, os investimentos são formados, basicamente, pela construção mais a compra de máquinas e
equipamentos. Embora tenha caído 6,6% no ano passado, contra
uma queda de 2,9% da construção, o setor de máquinas e equipamentos cresceu 14,4% no período de 1995 a 2002, quase seis
pontos percentuais a mais do que
a construção.
Os números do IBGE revelam
também que a participação das
máquinas e equipamentos nacionais nos investimentos do ano
passado cresceu, em relação aos
importados, na comparação com
o ano anterior.
Em 2001, as máquinas nacionais
somaram 68,3% do total, contra
31,7% das importadas. No ano
passado a produção nacional
contribuiu com 72,7%, contra
27,3% das importações.
De acordo com o IBGE, o fraco
desempenho dos investimentos
foi um importante freio ao crescimento do PIB no governo FHC,
enquanto as exportações de bens
e serviços, com crescimento acumulado de 64,8% (média de
6,44% ao ano), foram a principal
contribuição positiva.
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