Dólar recua a R$ 2,47; juro futuro também tem queda

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa não repetiu ontem o bom desempenho de segunda-feira, quando se apreciou em 8,31%. O pregão de ontem terminou com baixa de 0,83%.
Nos EUA ocorreu o mesmo. O mercado acionário perdeu fôlego e o resultado foram as quedas de 2,72% do índice Dow Jones, e de 1,55% da Nasdaq. A Europa conseguiu escapar do vermelho, mas não teve altas elevadas: Londres subiu 1,89%, e Frankfurt, 1,34%.
A Bolsa de Valores de São Paulo chegou a subir 1,51% durante o pregão. Mas, sem notícias que mantivessem o apetite dos investidores em alta, acabou por ceder. O índice Ibovespa encerrou o pregão aos 37.968 pontos, o que leva sua depreciação no ano aos 40,57%.
"Com o dia fraco em notícias, não surpreende que a Bolsa tenha recuado um pouco após a alta expressiva registrada no pregão anterior", afirma Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Gradual Corretora.
As maiores companhias da Bovespa tiveram oscilações de preços pequenas. A ação preferencial da Petrobras recuou, mas apenas 0,49%. O papel Vale PNA, o segundo mais negociado do mercado, subiu 0,04%.
No setor bancário, houve baixa de 1,28% para Banco do Brasil ON e recuo de 0,86% para Itaú PN. A ação preferencial do Bradesco subiu 0,19%.
Quem chamou a atenção no pregão foram os papéis ON da Positivo, impulsionados por rumores de que a empresa pode ser adquirida em breve. A ação disparou 46,10%. Essa forte valorização não teve impacto no resultado final da Bolsa, pois o papel não faz parte do Ibovespa -o principal índice, que reúne as 66 ações mais negociadas.
No mercado de câmbio, as operações foram mais agitadas. O dólar terminou o dia vendido a R$ 2,471, com desvalorização de 1,20% diante do real.
A moeda teve um dia de muita oscilação. Na máxima, bateu em R$ 2,548. Na mínima, marcou R$ 2,427.
O Banco Central realizou leilão para ofertar "swap cambial", com a finalidade de rolar contratos que irão vencer no começo de janeiro. Ontem a autoridade monetária colocou no mercado aproximadamente US$ 3,2 bilhões em swap cambial -os papéis acompanham a oscilação do câmbio.
Hoje o Copom anunciará como fica a taxa Selic, que está em 13,75% anuais. Para esta que será a última reunião do Copom de 2008, a maioria do mercado espera que a taxa seja mantida. Mas nos últimos dias começou a crescer a parcela dos que contam com uma queda de 0,25 ponto na Selic.
No contrato DI, negociado na BM&F, que vence na virada do ano, a taxa projetada recuou de 13,50% na sexta-feira para 13,44% ontem.


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