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COMBUSTÍVEIS
Imposto seletivo poderá aumentar preço entre 7% e 15%, ou seja, de R$ 0,06 a R$ 0,12 por litro na bomba
Imposto deve fazer gasolina subir de novo
ISABEL VERSIANI
da Sucursal de Brasília
O preço da gasolina deve subir de
novo no início de 99. Seria o segundo aumento em dois meses. O governo vai pegar carona na proposta de reforma tributária enviada ao
Congresso e criar o imposto seletivo dos combustíveis, que aumentaria os preços entre 7% e 15%.
Isso significaria aumento entre
R$ 0,06 e R$ 0,12 por litro na bomba. Há nove dias, o governo aumentou os combustíveis.
Segundo o ministro Eliseu Padilha (Transportes), o imposto será
proposto por meio de emenda a
uma PEC (Proposta de Emenda
Constitucional) já em tramitação.
É a PEC de Marcelo Teixeira
(PMDB-CE), em tramitação desde
95 e que propõe a criação do Fundo Nacional Rodoviário.
O imposto substituiria os 12 tributos e um subsídio que hoje compõem a estrutura de preço dos
combustíveis. Será cobrado, uma
única vez, nas refinarias, mas esse
custo será repassado ao consumidor. Com essa simplificação, o governo pretende também conter a
sonegação.
Com o novo imposto, o governo
espera arrecadar entre R$ 21 bilhões e R$ 23 bilhões. Desse total,
entre 17% e 23% serão repassados
ao novo Fundo Nacional dos
Transportes, que financiará obras
de manutenção nas rodovias, ferrovias, hidrovias e portos.
Pela proposta do governo, o novo fundo terá a validade de três
anos, devendo ser extinto no final
de 2001. Esse período corresponde
ao esforço do governo para recuperar as contas públicas. Os recursos do fundo serão distribuídos
entre União (60%), Estados (20%)
e municípios (20%), mas serão
sempre vinculados a gastos na área
de transportes.
Padilha afirmou que o governo
ainda não definiu de quanto será a
alíquota do novo imposto nem
quais os combustíveis que serão
tributados.
O Ministério dos Transportes defende a idéia de que o imposto só
seja cobrado sobre a gasolina. A
Secretaria de Acompanhamento
Econômico do Ministério da Fazenda, entretanto, estaria exigindo
que o diesel também fosse tributado. A decisão final sobre o assunto,
segundo o ministro, caberá ao presidente Fernando Henrique.
O que é consensual é que o álcool
não será tributado. O governo quer
incentivar o consumo do combustível, que é menos poluente que a
gasolina e o diesel.
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