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NEGÓCIO
Zeneca compra Astra por US$ 37,2 bi
Fusão cria 3º maior grupo farmacêutico
das agências internacionais
O grupo Zeneca, maior fabricante de medicamentos do Reino Unido, e o grupo sueco Astra, quinto
do mundo no segmento, anunciaram ontem um acordo de fusão
que criará o terceiro maior do setor
farmacêutico no mundo.
A Zeneca vai comprar a Astra por
US$ 37,2 bilhões. A operação será
feita por meio de troca de ações.
Pelo acordo, os acionistas da Astra
ficarão com 46,5% de ações emitidas e os acionistas da Zeneca, com
53,5%.
A AstraZeneca, como será chamada a nova empresa, somará US$
67 bilhões em valores de mercado.
A expectativa das duas empresas é
reduzir em US$ 1,1 bilhão ao ano
seus custos anuais.
O anúncio ocorre em meio a uma
onda de fusões no setor farmacêutico europeu. Na semana passada,
a alemã Hoechst e a francesa Rhône-Poulenc decidiram unir suas
operações das áreas farmacêutica e
agroquímica.
Na França, a Sanofi SA e a sua rival Synthelabo SA anunciaram
uma fusão estimada em mais de
US$ 10 bilhões.
A Astra e a Zeneca terão vendas
totais de cerca de US$ 15,9 bilhões.
A cifra foi calculada com base nos
resultados de ambas referentes ao
ano passado.
A nova companhia será a terceira
no ranking mundial do setor, atrás
da Merck & Co. e da Glaxo Wellcome. No mercado norte-americano,
a nova companhia ocupará a sétima posição do ranking.
Juntas, as duas empresas vão somar cerca de 53.400 funcionários.
Estima-se que aproximadamente
6.000 cargos serão extintos em
suas unidades nos próximos três
anos.
Mais de mil funcionários serão
demitidos somente no Reino Unido em virtude da transferência da
sede de pesquisa e desenvolvimento para a Suécia. A sede corporativa da empresa, porém, será mantida em Londres.
²
Especulações
As ações da Zeneca tiveram alta
de 7,6% ontem, e as da Astra,
12,9%. "É uma combinação que faz
sentido", afirma o analista Yves de
Vilmorin, que administra US$ 1,3
bilhão no Banque Paluel-Marmont
em Paris.
Em março, o grupo Astra divulgara que procurava um parceiro.
Nos últimos meses, analistas já especulavam que o Zeneca seria um
potencial candidato. O grupo será
comandado pelos principais executivos da Zeneca, Tom McKillop,
e da Astra, Percy Barnevik.
As fusões na Europa são resultado das dificuldades das empresas
do continente para competir com
gigantes como a Novartis -combinação das suíças Ciba-Geigy e da
Sandoz-, a Glaxo Wellcome e as
norte-americanas Pfizer, Merck &
Co e Bristol-Myers Squibb.
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