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Queda máxima será de 15%, diz sindicato
DA SUCURSAL DO RIO
O Sindicom (Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis) não acredita que o preço da gasolina possa cair mais de
15%, a não ser que os Estados modifiquem a forma como estão calculando o ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o produto.
O presidente Fernando Henrique Cardoso disse em dezembro
que o preço da gasolina vendida
pela BR, a distribuidora pertencente à Petrobras, cairia 20%. Segundo Alísio Vaz, diretor do Sindicom, nas condições atuais a
queda potencial dos preços está
entre 13% e 15%.
Até ontem à tarde o Sindicom
não tinha uma definição sobre
onde e quando seria a reunião que
o governo anunciou que faria
com distribuidores e revendedores (postos) de combustíveis para
discutir os preços. "Vamos dizer
que, se os Estados não baixarem o
ICMS, vai ser impossível chegar a
20%", disse Vaz.
De acordo com o dirigente do
Sindicom, "ninguém pode imaginar que a BR possa praticar preços artificiais". Seu comentário foi
uma referência às notícias de que
o governo queria que a estatal
usasse seu poder de barganha para forçar os postos a baixar o preço da gasolina.
Segundo dados do Sindicom, há
Estados, como Rondônia, cobrando R$ 0,60 de ICMS sobre cada litro de gasolina vendido no
posto. No Pará, o ICMS é de R$
0,58; na Bahia, R$ 0,52. Em São
Paulo, o ICMS está em R$ 0,45 por
litro, segundo o sindicato das distribuidoras.
Na maioria dos casos, o ICMS
cobrado é de 25% sobre o preço
da gasolina na bomba. No Rio, ele
é de 30%; no Paraná, de 26%; e na
Bahia, de 27%, de acordo com o
Sindicom. Segundo Vaz, não é a
alíquota que gera as cobranças
maiores, mas o preço de bomba
usado como referência para o cálculo do imposto.
Esta semana, o Rio reduziu seu
preço de referência para cálculo
do ICMS de R$ 1,773 para R$
1,629. Na Bahia, segundo Vaz, o
preço de referência é de R$ 1,94.
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